Quando a minha filha apresentou o primeiro sinal de alergia alimentar (a princício desconfiamos de intolerânica a lactose, e somente após 3 anos descobrimos a alergia à proteína do leite de vaca), soube de dois casos de intolerância a lactose, o primeiro no meu trabalho e o segundo da sobrinha de um casal de amigos.
Alguns meses depois de descobrirmos a alergia da minha filha à proteína do leite de vaca, a minha irmã passou a ter reações indesejadas ao consumir determinados alimentos e foi diagnosticada com alergia alimentar. E agora, a filha de uma amiga que somente se alimenta com leite materno, apresentou sangue nas fezes e foi diagnóstica como APLV (Alergia à proteína do leite de vaca). A minha amiga está fazendo a dieta de restrição à proteína do leite de vaca para continuar amamentando o seu bebê. Já falamos sobre esta dieta aqui.
De acordo com uma matéria do ESTADÃO/Saúde, no Brasil, embora não haja dados oficiais, os especialistas também observam um aumento na procura por médicos e tratamentos. Estima-se que entre 20% e 30% dos brasileiros tenham algum tipo de alergia – os alérgicos a alimentos seriam 8% das crianças e 2% dos adultos.
Renata Cocco, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai) e especialista em alergia alimentar, diz que grande parte das reações está ligada a uma predisposição genética, mas os fatores ambientais contribuem, cada vez mais, para o crescimento de queixas.
Ana Paula Castro, médica especialista em alergia alimentar do Instituto da Criança, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, conta que como ainda não há cura para alergias, a melhor forma de lidar com o problema é evitar o contato e a ingestão dos alimentos tidos como perigosos para a saúde da pessoa. Deve-se procurar um profissional para fazer um diagnóstico correto e iniciar um tratamento.
Ainda de acordo com Ana Paula, a criança pode deixar de ser alérgica com o amadurecimento do sistema imunológico, à medida que cresce. Já quem desenvolve alergias depois de adulto, provavelmente terá de conviver com isso até o fim da vida.
Quando descobri a APLV da minha filha, li bastante sobre o assunto e aprendi muitas coisas. O site Alergia ao leite de vaca, informa que além dos fatores influência genética/familiar e ambientais, outro fator associado à alergia alimentar, principalmente à proteína do leite de vaca é o contato precoce com o alimento. Ao nascer, o intestino e o sistema imunológico do bebê ainda estão em fase de maturação, ou seja, ainda estão “aprendendo” a fazer a digestão dos alimentos e a defender o organismo contra substâncias nocivas.
Com isso, sempre que posso, alerto amigas gestantes sobre a importância da amamentação. Inclusive, me lembro de ter conversado com esta minha amiga sobre o assunto dizendo que, talvez, se tivesse sido orientada pelo pediatra ou até mesmo minha GO sobre a introdução precoce da fórmula e sobre amamentação, de modo geral, tudo poderia ser diferente.
A Luciana Winck, do Blog Lu, mãe da Malu, fez um post sobre o assunto com perguntas que todas as mamães de crianças com APLV devem de ter feito pelo menos uma vez após a descoberta da alergia dos seus filhos:
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Por que somente depois de ter um filho diagnosticado com a alergia é que temos esse tipo de informação?
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Por que maternidades continuam dando leite de vaca para bebês que acabaram de nascer?
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Por que pediatras continuam liberando “complementos” com leite de vaca para bebês antes dos 6 meses de idade, cujas mães “supostamente” não estão produzindo leite suficiente?
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Por que quando você fala para o pediatra que está preocupada com a sua volta ao trabalho ou com a ocorrência de uma emergência que te impeça de amamentar ele não te incentiva a tirar leite materno e oferecer para o bebê num copinho ao invés de dar uma mamadeira com fórmula?
E, como a própria Luciana diz em seu Blog: perguntas sem respostas.
Trago abaixo, algumas informações importantes sobre Alergia Alimentar retiradas da mesma matéria do ESTADÃO/Saúde:
E você, tem notado o aumento dos casos de alergia alimentar? Deixe seu comentário.
Abraços, Mari.