Na época em que minha filha nasceu, sempre lia ou ouvia a recomendação do Ministério da Saúde sobre o aleitamento materno até os 6 meses de idade. Em agosto de 2014 houve o lançamento da Campanha Nacional de Amamentação como o tema “Amamentação. Um ganho para a vida toda” pelo Ministério da Saúde que incentiva a prática em crianças até os 2 anos de idade. Contudo, no Ocidente, a amamentação prolongada costuma enfrentar alguma oposição quando ocorre em uma criança de mais de 1 ano.
De acordo com o site Baby Center Brasil (leia o artigo completo, aqui), os benefícios emocionais e físicos da amamentação prolongada são muitos, e por isso você não deve permitir que a pressão dos outros para você parar de dar de mamar saia ganhando. Não existe hora certa de desmamar: a decisão deve ser tomada em conjunto com o pediatra, levando em conta a situação de cada criança e de cada família. São fatores a ser considerados: o desenvolvimento físico da criança, a facilidade de aceitar outros alimentos e a disponibilidade da mãe, por exemplo.
A colaboradora Mariana Moraes, mamãe do Fernando (o mais velho) e dos gêmeos Eduardo e Guilherme, dona do Blog Clube da Papinha, de Ribeirão Preto, autorizou a publicação do seu lindo e inspirador relato sobre a amamentação prolongada do Fernando.
“E eu, que falei tanta bobagem de amamentação antes do Fernando nascer, estudei muito sobre o assunto no final da gestação e descobri as maravilhas do leite materno e da amamentação.
Amamentar não é fácil como nas novelas e filmes, o começo é complicado, cada mãe tem suas dificuldades. A nossa foi o leite abundante, talvez devido às 12 horas intensas de trabalho de parto. A auréola era muito grande e a boquinha do bebê muito pequena. Sofremos, mas conseguimos! Com muito carinho e também com a ajuda de uma doula querida, a Helena Junqueira, retirava o excesso de leite antes das mamadas para acertar a pega e doava para o banco de leite materno. Conquistamos a amamentação exclusiva por 6 meses!
Tem dias que quando a gente amamenta se sente um ser iluminado, sente a energia daquele momento e… tem vontade que aquilo seja eterno! Tem dias que estamos muito cansadas e desejamos desmamar: isso é natural. São muitos os obstáculos no caminho! O apoio de amigas queridas e grupos de amamentação são de grande valia quando o mundo te pressiona para desmamar porque seu bebê já tem mais de 6 meses ou porque ele já tem dentinhos.
Eu voltei a trabalhar e o Fernando foi para a escolinha. Todos os dias eu ia amamentar no horário do almoço e enviava leite materno. Era lindo ele tomando o leite materno de canudinho! Ordenhei leite por aproximadamente 6 meses e ele, espontaneamente, deixou de tomar o leitinho e passou a tomar suco. Com pouco mais de um ano e meio, ele também parou de mamar no horário do almoço, ficava até bravo comigo, porque insistia em oferecer. Fui por uns dias e como ele decididamente não queria mais, acabei parando de ir, pois o horário era realmente muito ruim para os dois (já era horário da sonequinha dele).
Não posso deixar de registrar que participamos de uma linda campanha de amamentação e duas vezes da hora do mamaço, o que me faz ter muito orgulho!
Seguimos, conquistamos também a amamentação prolongada por 2 anos. Pensei em desmame, tentei algumas técnicas de desmame respeitoso, mas a verdade é que não me sentia à vontade e retroagia. Assim que completei 6 semanas de gestação do meu segundo(a) bebê ele desmamou… e logo o ciclo se repete, se reinicia! Um viva para o precioso leite materno e um viva pra todas vocês que de alguma forma colaboraram nessa linda jornada!
Fernando mamou por 2 anos e 4 meses <3.”
Foto de: Mariana Rosa – Fotografia
Aqui no Blog Desafio Mamãe, já falamos sobre dois grupos de apoio à amamentação, neste post aqui e aqui. E já falamos sobre a hora do mamaço aqui. Infelizmente minha filha mamou por apenas dois meses (como contei aqui), mas me sinto preparada para fazer tudo diferente quando meu marido e eu pensamos em ter o segundo filho.
Deseja ver o seu relato de Amamentação Prolongada aqui no Blog? Envie seu depoimento para a gente, Seja Colaboradora.
Um abraço,
Mari.