O post de hoje é um relato da mamãe Samanta, dona do Blog APLV Sem Neura!, sobre a descoberta da Alergia à Proteína do Leite de Vaca da pequena Helena.

Minha filha é minha luz, tem quase 9 meses, é um bebê maravilhoso na maior parte do tempo – um típico livro-texto com momentos de irritável, pra quem assim como eu gosta da Encantadora de bebês.
Com 30 dias de vida após o inicio da complementação com Nan devido a insuficiência de leite materno, ela evacuou sangue. Procurei o pediatra imediatamente, que me indicou uma gastropediatra, que sugeriu a dieta da exclusão ou o inicio imediato do leite Pregomin – ficamos com a segunda opção. Já quando iniciou não teve mais sintomas. Nos primeiros 20 dias do tratamento tudo estava bem, fezes cinza conforme o esperado e dos outros sintomas, nem sinal. Fez exames de sangue (de rastro) e deram negativos, mas apesar disso a alergista explicou que antes de 1 ano de idade é muito comum que deem falso-negativo e o que importa mesmo é a observação clínica.
Porém minha pequena,  quase 40 dias tomando o Pregomin Pepti, apresentou mudanças.  As fezes tornaram-se menos frequentes, liquidas e muito volumosas quando vinham – a cada 2 ou 3 dias, vazando pela roupa. Contorcia-se algum tempo após mamar, sem conseguir tirar sonecas maiores do que 30 minutos durante o dia.
A gastro diz para sair do Pregomin e ir pro Neocate, mas fiquei em dúvida. Insisti no Pregomin mais uns dias e os sintomas sumiram novamente – hoje acredito que tenha tido contato com o leite, talvez na higiene incorreta dos seus utensílios ou alguma outra infecção, que também afeta as fezes.
Confesso que quando descobri a APLV minha primeira reação foi revolta e tristeza, hoje consigo ver que a alergia é uma oportunidade de reeducação alimentar. Graças a Deus seus sintomas aparecem somente na ingestão e seguimos a vida tranquilamente, adaptando as receitas. Obviamente que espero que ela se cure, mas a alergia não para a nossa vida – claro que pelo fato de não reagir a toque e cheiro tudo é muito mais fácil. Fico muito grata por isso, apesar da alergia, seu caso não é grave e conseguimos viver tranquilamente.
Tenho um blog e procuro colocar nele tudo que acho interessante relacionado à APLV – aplvsemneura.wordpress.com
Agradeço ao convite da Mari e espero você no meu blog!”

Samanta, muito obrigada pelo seu relato, é emocionante!

Um abraço, Mari.

Viajar com crianças com APLV

14 de novembro de 2013

Como estamos em semana de feriado, já comecei a arrumar as nossas malas para uma viagem. Esta será a nossa primeira viagem após a descoberta da Alergia à Proteína do Leite de Vaca da nossa filha.

Por isso, resolvi trazer hoje as dicas de alguns cuidados a serem tomados para viajar com crianças com APLV.

Como nossa filha faz tratamento à base de vacina alergênica manipulada e esta vacina precisa estar refrigerada, tomamos as seguintes providências:

  • Solicitamos para a pousada que seja disponibilizado frigobar no quarto;
  • O transporte da vacina será realizado em cooler ou bolsa térmica;
  • Escolhemos viajar durante a madrugada devido à temperatura ser mais baixa;

Outro cuidado foi escolher uma pousada não tão distante de um pronto socorro infantil de qualidade para caso ocorra ingestão de alimento alérgico por acidente. Assim, escolhemos uma pousada a menos de 30 minutos e levo impresso mapa com a indicação da pousada até o local do pronto atendimento.

E não podemos nos esquecer de estarmos de posse dos documentos dela:

  • Certidão de Nascimento;
  • Carteirinha do convênio.

Com a mochila repleta de alimentos que ela pode consumir, lá vamos nós… Assim que chegarmos, trarei a dica de mais uma viagem com crianças para vocês.

Um abraço, Mari.

Festas com crianças com APLV

4 de novembro de 2013

Após o nascimento dos filhos nossas agendas ficam repletas de aniversários infantis. E, com uma criança alérgica à proteína do leite de vaca, precisamos aprender a contornar a situação sem privar os nossos filhos de ir às festas. Por isso, divido agora a minha experiência com outras mamães que precisam ir às festas com crianças com APLV.

Ao contrário do que muitos podem pensar, as festas de aniversário em buffets infantis tem sido muito mais fáceis de serem contornadas, pois o entusiasmo da minha filha, por exemplo, é tão grande pelos brinquedos que ela não prende a atenção no que as outras pessoas estão comendo.

Assim, nas festas em buffets infantis, ofereço a ela tudo o que lhe é permitido comer. E, no momento do bolo e doces, tenho levado de casa bolo e doces caseiros e/ou industrializados sem proteína do leite de vaca. Por enquanto, em todas as vezes que isso ocorreu, ela aceitou tudo o que lhe foi oferecido, pois ela fica mesmo é preocupada em voltar a brincar.

Nas festas caseiras, onde ela encontra outras crianças para brincar, pode ser que ela peça alguma coisa para comer que tenha leite de vaca ou derivados, e a forma que tenho contornado esta situação é levar de casa bolo e doces caseiros e/ou industrializados sem proteína do leite de vaca em quantidade suficiente para dividir com as outras crianças. Assim, muitas vezes tenho conseguido desviar a atenção da minha filha, junto da atenção das outras crianças, para produtos que ela possa consumir.

Mas, o mais difícil de todas as situações, são as festas de adultos onde ela é a única criança presente na festa. Pois, por mais que eu leve alguns dos seus brinquedos para a festa, ela não encontra muitas distrações e acaba por prender a atenção no que as pessoas ao seu redor estão consumindo. Fatalmente, ela pede produtos com proteína do leite de vaca ou derivados, e frequentemente tem se negado a aceitar os produtos que trago de casa que ela pode consumir. Assim, a festa que deveria ser um momento de alegria para todos nós, acaba por aborrecer a mim e a ela.

No intuito de ajudar outras mamães que passam pelo mesmo problema, cito abaixo 4 produtos que tenho levado para as festas, em substituição aos produtos com proteína do leite de vaca. São eles:

Trufa com recheio de pasta de avelã, da Olvebra – para substituição do brigadeiro. Leia o post com a resenha deste produto, aqui!

Flocos de arroz cobertos com chocolate de soja, da Olvebra – em quantidade suficiente para chamar a atenção da minha filha e das outras crianças presentes na festa. Leia o post com a resenha deste produto, aqui!

Bolo industrializado sabor chocolate, da Village – para substituição dos bolos com proteína do leite de vaca.

Bolo caseiro sem proteína do leite de vaca – para substituição dos bolos com proteína do leite de vaca.

E você, mamãe de criança com APLV, como tem contornado a alergia nas festas infantis? Comente ou Seja Colaboradora.

Abraços, Mari Marchesin.

“Este post foi originado a partir da experiência da blogueira com os produtos, não contando com incentivo financeiro para sua publicação”