App Alergia Alimentar

6 de janeiro de 2015

App Alergia Alimentar

O app Alergia Alimentar foi desenvolvido para o acompanhamento de crianças com alergias alimentares, facilitando o dia a dia das mamães no mercado e na consulta ao pediatra, por exemplo. Mas, ainda está longe de atingir seu principal objetivo.

De acordo com o depoimento de diversos usuários (e contando com a minha própria experiência), mesmo após digitar todos os dados da criança não é possível realizar o cadastro, pois é exibida uma mensagem de erro solicitando que todos os dados sejam preenchidos. Com isso, não é possível fazer o acompanhamento gráfico da curva de crescimento e registrar o diário de sintomas.

A consulta de alimentos com leite/derivados é pobre. Só consegui consultar o alimento “leite”.

Outra usuária buscou por receitas sem ovo e o aplicativo trouxe receitas com ovo.

Não testei a funcionalidade que permite compartilhar em um mapa integrado com Foursquare os lugares livres de alérgenos e ver a recomendação de outras mães, criando uma rede de restaurantes e lojas amigas da alergia alimentar.

Achei a ideia ótima e tenho certeza de que o aplicativo ajudaria milhares de pais e mães de crianças com alergia alimentares. Por isso, tomei a iniciativa de enviar e-mail para o SAC da Danone solicitando melhorias no aplicativo.

Envie você também um e-mail para [email protected] contando sua experiência. Quem sabe não conseguimos que o aplicativo em prol das crianças com alergias alimentares receba maior atenção e passe a funcionar corretamente, não é mesmo?

Um abraço,

Mari.

Juntos não Somos Raros

1 de dezembro de 2014

Foi através do grupo fechado do Facebook chamado Amigas da Alergia do qual participo, que tomei conhecimento sobre a campanha “Juntos não Somos Raros”. Durante apenas 3 dias foi solicitado que mães cujos filhos possuam algum tipo de alergia alimentar, tirassem uma foto com camiseta branca, em fundo branco, com a placa EU SOU RARO. Durante este curto espaço de tempo, 232 mães mobilizaram-se e cederam suas imagens para a campanha.

O intuito da campanha “Juntos não Somos Raros” é conscientizar as pessoas sobre a existência das alergias alimentares na infância.

Assista abaixo o vídeo educacional, sem fins lucrativos, e aproveite para compartilhá-lo. Afinal de contas, estamos todas aqui para provar que a alergia alimentar na infância NÃO é rara.

Um grande abraço,

Mari.

Encontrei no site Pediatra Online, o fluxograma de terapia nutricional na Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV), um artigo do Doutor José Cesar Junqueira, gastroenterologista pediátrica. E, além do fluxograma, dividirei com vocês como foi o fluxo de terapia nutricional da minha filha.

Fluxograma de terapia nutricional na APLV

A primeira suspeita de Alergia Alimentar da minha filha aconteceu quando ela acabara de completar 1 mês de vida  (citada brevemente no post Leite de Soja). Durante a consulta com o pediatra, o mesmo indicou que complementássemos sua amamentação com a fórmula infantil NAN. Logo no início da introdução da fórmula, a minha filha acordou completamente empolada (IgE mediada). Assim, corri para o pediatra e como ela era muito nova para um teste de alergia, o mesmo supôs que ela tivesse intolerância à lactose e indicou que trocássemos o NAN pela fórmula de soja. Usamos a fórmula infantil Aptamil 1, da Danone.

Dúvidas para identificar se o seu bebê possui manifestações mediadas ou não mediadas? São reações mediadas por IgE aquelas que ocorrem de minutos a duas horas após a ingestão do alimento alergênico. Manifestações não IgE-mediadas, ocorrem 48 horas ou até uma semana após o contato.

Analisando o fluxograma de terapia nutricional na APLV, você deve estar se perguntando por que o pediatra indicou a fórmula de soja, quando deveria indicar a fórmula extensamente hidrolisada se a minha filha tinha apenas um mês de vida. Infelizmente esta pergunta eu também não sei responder. É por este motivo que acredito que informação é tudo! Na época, cheguei a questioná-lo sobre o acontecia nos casos dos responsáveis pelo bebê não ter condições de pagar o alto preço da fórmula de soja (sem saber da existência da fórmula extensamente hidrolisada), e ele me respondeu que nesses casos a alimentação da criança passaria a ser complementada com chás(!). Hoje sei que a fórmula extensamente hidrolisada pode ser obtida gratuitamente através de um programa do governo (saiba mais, aqui).

Seguimos a orientação do pediatra de mantermos a fórmula de soja até que ela completasse 1 ano. Após esta idade, foi introduzido o leite de vaca em sua dieta e sem manifestações alérgicas aparentes seguimos assim até que ela completasse pouco mais de 3 anos.

Como contei para vocês no post A descoberta da Alergia à Proteína do Leite de Vaca – APLV, com pouco mais de 3 anos minha filha apresentou tosse e dermatite atópica. Foi tirado raio-X do seu pulmão e foi descoberta uma pneumonia silenciosa. Após a alta da internação, nos foram pedidos diversos exames onde descobrimos sua APLV. Com isso, passamos para o fluxo dieta extensamente hidrolisada que consiste na retirada dos alimentos com proteínas do leite de vaca da sua dieta.

Após um ano em dieta, iniciamos o teste de provocação, que significa a liberação pelo médico dos alimentos antes proibidos para avaliar a reação da minha filha. Graças a Deus, seu organismo não tem manifestado qualquer reação e por isso estamos mantendo a proteína do leite de vaca em sua dieta.

Encontrou muitas siglas neste artigo? Consulte nosso dicionário APLV clicando aqui.

Acesse o artigo do Doutor José Cesar Junqueira, aqui.

Abraços,

Mari.