Retorno ao Pneumologista

2 de abril de 2014

Ontem foi dia de retorno ao Pneumologista. E hoje, trago as informações sobre a nossa consulta.

Como contei para vocês no post A descoberta da Alergia à Proteína do Leite de Vaca, descobrimos a APLV da nossa filha há cerca de 1 ano, após uma internação por pneumonia. Até então, vínhamos tratando os sintomas como rinite alérgica e asma.

Para todos os médicos alergistas e pediatras, me queixava da impressão de que ela estava sempre resfriada, falando pelo nariz, dormindo de boca aberta e em alguns momentos com certa dificuldade para respirar. A cada crise, mais uma receita com antibiótico, e lá íamos nós lidar com a baixa imunidade.

Ao sairmos do hospital após a internação da pneumonia, o pneumologista nos orientou a retornarmos após 40 dias. Mas, ao entrar em contato com o hospital para marcação do retorno como consulta, fui orientada de que ele não estava mais atendendo através de consultas.

Foi então que encontrei na net o Dr. Rubens, do Centro de Assistência ao Bebê Chiador e prevenção de Doenças Crônicas na Infância e Adolescência. Com ele, iniciamos o tratamento da Alergia, Refluxo e Baixa Imunidade.

A Alergia vem sendo tratada com a dieta de exclusão do leite de vaca, que segundo o Dr. Rubens, minha filha deve permanecer até o meio do ano. De acordo com o doutor, em julho devemos retornar em nova consulta para avaliarmos se nesta época realmente serão reintroduzidos alimentos com proteínas do leite de vaca. E, ela deve continuar com o Singular Baby, remédio para controle da asma, já que a APLV ataca o seu sistema respiratório.

O Refluxo é tratado com algumas medidas como comer devagar e evitar deitar-se após as refeições. Neste mês, minha filha deixou de tomar mamadeira e passou a tomar o seu “tetê”, bebida de soja com chocolate do Padre, no copo sem tampa, com canudo. Deixar a mamadeira ajudou muito no tratamento do refluxo, pois ela deixou de inclinar-se para beber.

A baixa imunidade vem sendo tratada com duas doses diárias de vacina sub-lingual.

Desde o início do tratamento até hoje, podemos contar nos dedos as vezes que minha filha ficou gripada. A sua melhora é perceptível por todos que a conhecem. O tratamento ainda não terminou, é moroso, mas o estamos cumprindo com muita paciência.

Além disso, sempre que a minha filha é picada, seja por inseto, ou toma um vacina subcutânea, o local da picada inflama. Este também é um sintoma que o Dr. Rubens associou à alergia. Por isso, temos tomado também o máximo de cuidado com pernilongos e outros insetos.

O Dr. Rubens, possui um Blog com informações valiossíssimas sobre o “Bebê Chiador”. No Blog há relatos de pais de crianças tratadas na clínica e há também posts com informações esclaredoras sobre as causas, sintomas e tratamentos. Para acessar o Blog, clique aqui!

Seu filho(a) também possui APLV? Deixe aqui a sua indicação de profissional da saúde com o qual ele(a) faz o tratamento.

Um abraço, Mari.

Quando a minha filha apresentou o primeiro sinal de alergia alimentar (a princício desconfiamos de intolerânica a lactose, e somente após 3 anos descobrimos a alergia à proteína do leite de vaca), soube de dois casos de intolerância a lactose, o primeiro no meu trabalho e o segundo da sobrinha de um casal de amigos.
Alguns meses depois de descobrirmos a alergia da minha filha à proteína do leite de vaca, a minha irmã passou a ter reações indesejadas ao consumir determinados alimentos e foi diagnosticada com alergia alimentar. E agora, a filha de uma amiga que somente se alimenta com leite materno, apresentou sangue nas fezes e foi diagnóstica como APLV (Alergia à proteína do leite de vaca). A minha amiga está fazendo a dieta de restrição à proteína do leite de vaca para continuar amamentando o seu bebê. Já falamos sobre esta dieta aqui.

De acordo com uma matéria do ESTADÃO/Saúde, no Brasil, embora não haja dados oficiais, os especialistas também observam um aumento na procura por médicos e tratamentos. Estima-se que entre 20% e 30% dos brasileiros tenham algum tipo de alergia – os alérgicos a alimentos seriam 8% das crianças e 2% dos adultos.
Renata Cocco, diretora da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (Asbai) e especialista em alergia alimentar, diz que grande parte das reações está ligada a uma predisposição genética, mas os fatores ambientais contribuem, cada vez mais, para o crescimento de queixas.
Ana Paula Castro, médica especialista em alergia alimentar do Instituto da Criança, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, conta que como ainda não há cura para alergias, a melhor forma de lidar com o problema é evitar o contato e a ingestão dos alimentos tidos como perigosos para a saúde da pessoa. Deve-se procurar um profissional para fazer um diagnóstico correto e iniciar um tratamento.
Ainda de acordo com Ana Paula, a criança pode deixar de ser alérgica com o amadurecimento do sistema imunológico, à medida que cresce. Já quem desenvolve alergias depois de adulto, provavelmente terá de conviver com isso até o fim da vida.
Quando descobri a APLV da minha filha, li bastante sobre o assunto e aprendi muitas coisas. O site Alergia ao leite de vaca,  informa que além dos fatores influência genética/familiar e ambientais, outro fator associado à alergia alimentar, principalmente à proteína do leite de vaca é o contato precoce com o alimento. Ao nascer, o intestino e o sistema imunológico do bebê ainda estão em fase de maturação, ou seja, ainda estão “aprendendo” a fazer a digestão dos alimentos e a defender o organismo contra substâncias nocivas.
Com isso, sempre que posso, alerto amigas gestantes sobre a importância da amamentação. Inclusive, me lembro de ter conversado com esta minha amiga sobre o assunto dizendo que, talvez, se tivesse sido orientada pelo pediatra ou até mesmo minha GO sobre a introdução precoce da fórmula e sobre amamentação, de modo geral, tudo poderia ser diferente.
A Luciana Winck, do Blog Lu, mãe da Malu, fez um post sobre o assunto com perguntas que todas as mamães de crianças com APLV devem de ter feito pelo menos uma vez após a descoberta da alergia dos seus filhos:

  • Por que somente depois de ter um filho diagnosticado com a alergia é que temos esse tipo de informação?
  • Por que maternidades continuam dando leite de vaca para bebês que acabaram de nascer?
  • Por que pediatras continuam liberando “complementos” com leite de vaca para bebês antes dos 6 meses de idade, cujas mães “supostamente” não estão produzindo leite suficiente?
  • Por que quando você fala para o pediatra que está preocupada com a sua volta ao trabalho ou com a ocorrência de uma emergência que te impeça de amamentar ele não te incentiva a tirar leite materno e oferecer para o bebê num copinho ao invés de dar uma mamadeira com fórmula?

E, como a própria Luciana diz em seu Blog: perguntas sem respostas.

Trago abaixo, algumas informações importantes sobre Alergia Alimentar retiradas da mesma matéria do ESTADÃO/Saúde:

E você, tem notado o aumento dos casos de alergia alimentar? Deixe seu comentário.

Abraços, Mari.

Como vocês sabem, a minha filha possui APLV. E, como contei no post “A descoberta da Alergia à Proteína do Leite de Vaca – APLV“, tive o diagnóstico confirmado quando ela já estava com 3 anos. Porém, em algumas situações de suspeita de APLV, recomenda-se uma dieta hipoalergênica para a mamãe.

Em consulta com o pneumonologista da minha filha, o qual descobriu a sua alergia, fui informada que, caso eu queira ter outro bebê, é recomendado que eu faça a dieta de exclusão ao leite de vaca durante a gestação e durante o período de amamentação para que o nosso próximo filho somente venha a ter contato com a proteína do leite de vaca com 1 ano de idade, uma vez que a probabilidade do nosso próximo bebê ter a mesma alergia é grande.

Esta dieta não é fácil, pois quando existe a suspeita de alergia alimentar na criança muitos desestimulam a amamentação, quando na verdade a amamentação deveria ser incentivada.

A dieta hipoalergênica da mamãe consiste em não consumir nenhum alimento que contenha o(s) alérgeno(s) em questão ou mesmo traços deste. No caso da APLV, a mamãe não deve consumir nenhum alimento com proteína do leite de vaca, nem mesmo com traços de leite. Para mais detalhes sobre o que são os traços de leite, clique aqui.

E hoje, trago exemplos de mamães que tem se esforçado e conseguido amamentar o seu bebê fazendo a dieta hipoalergênica. Os depoimentos abaixo foram obtidos através do grupo Tips4APLV do Facebook.

A mamãe Camila fez a dieta hipoalergênica por 7 meses, com reintrodução dos alimentos que contém os alérgenos por mais 3 meses. Ao todo já são 10 meses de amamentação.

O bebê da mamãe Alessandra Cristina está com 10 meses, e ela ainda amamenta fazendo a dieta hipoalergênica.

A mamãe Cleydione completará um ano de dieta hipoalergênica, sem consumir alimentos com proteína do leite de vaca e soja. Seu filho, com 1 ano e 5 meses, só mama leite materno e ela já tentou dar fórmula hidrolisada temendo que o leite materno não fosse suficiente, mas viu que não precisa ter medo, e dá a dica de focar na dieta e na alimentação do bebê. A mamãe nos conta que quando começou a dieta foi uma tortura, não sabia nada, foi tudo aprendido com a prática. Os grupos do Facebook a ajudaram muito, não sabia cozinhar bem e aprendeu na marra. Ela largou seu emprego pra ficar com o bebê e focou apenas na amamentação. E foi assim que o seu bebê estabilizou.

Daniara fez 30 meses de dieta hipoalergênica.

O bebê da mamãe Luana tem 1 ano e 4 meses e ela faz a dieta hipoalergênica a 1 ano, amamentando exclusivamente. Seu bebê também come comida e está há um ano sem reações. Sua filha também foi APLV e foi curada com 4 anos de idade.

A mamãe Priscilla amamentou durante 25 meses e fez a dieta hipoalergênica por cerca de 22 meses.

A mamãe Mariana fez a dieta hipoalergênica por 12 meses.

A mamãe Clarissa amamentou até os 4 meses fazendo a dieta hipoalergênica e nos conta que o gastro a desencorajou a continuar. Sua vontade era de amamentar durante mais tempo e acredita que se fosse encorajada teria conseguido.

A mamãe Melissa amamentou durante 30 meses fazendo a dieta hipoalergênica.

A mamãe Meire amamentou o Caio até os 2 anos e 4 meses fazendo a dieta de exclusão à proteína do leite de vaca, incluindo derivados e traços. Hoje o Caio tem 3 anos.

A mamãe Lucila conta que amamentou a filha mais velha até os 2 anos e que tem a intenção de manter a amamentação da filha mais nova, com APLV, até a mesma idade. Hoje a sua filha mais nova está com 10 meses. Lucila faz a dieta hipoalergênica para manter a amamentação do bebê trabalhando durante o dia todo. Para isso, leva marmita e frutas para o trabalho.

A mamãe Mayra amamentou seu primeiro filho até os 9 meses que só parou de mamar por conta própria. O seu segundo filho, com 5 meses, parou de mamar aos 3 meses, pois não conseguiu manter a dieta hipoalergênica devido a sua rotina de trabalho.

Fernanda ainda amamenta o seu bebê com 2 anos e 7 meses. E diz que há pouco mais de 1 mês introduziu leite de vaca em sua dieta, mas que mantêm a dieta hipoalergênica com exclusão de ovo, milho e oleaginosas. Além da alergia ao leite de vaca, seu bebê tem alergia a outros alimentos.

A mamãe Darcy amamentou sua filha Isabel fazendo a dieta hipoalergênica há 15 meses. Sua dieta consistia em restrição de alimentos com leite de vaca, soja e ovo. Há 1 mês introduziu o leite de vaca em sua dieta, mas mantêm a restrição para alimentos com ovo e soja. Sua intenção é amamentar o seu bebê até os 2 anos de idade. Além da alergia ao leite de vaca, seu bebê também tem alergia a outros alimentos.

A mamãe Camila está grávida e fazendo a dieta hipoalergênica para amamentar o seu primeiro filho. Sua G.O. a incentivou a amamentar os 2 bebês, e a assim o fará.

A mamãe Ana Paula conta das dificuldades em fazer a dieta hipoalergênica, e orgulha-se por conseguir amamentar o seu bebê por 3 anos e 4 meses.

A mamãe Marilia amamentou durante 14 meses e fez a dieta hipoalergênica por 17 meses. E conta que a minha pergunta no grupo Tips4APLV do Facebook rendeu um post em seu Blog “Amargo que te torno Doce”. Para acessá-lo, clique aqui!

Todos os depoimentos dessas mamães nos encorajam a fazer a dieta de restrição para o período da gravidez e amamentação. Os depoimentos considerados foram enviados até o dia 04 de janeiro de 2014. Obrigada mamães pelos histórias inspiradoras!

Um abraço, Mari.