Presunto contém leite de vaca?

Diferente do salame (como por exemplo os salames da marca Sadia) que contém leite de vaca em pó em sua composição, o presunto não contém leite de vaca.

Mas, atenção! O presunto, assim como outros alimentos que não contém leite de vaca em sua composição, podem estar contaminados através do que denomina-se contaminação cruzada.

A contaminação cruzada pode ocorrer através dos equipamentos, utensílios e bancadas, usados durante a manipulação dos alimentos, mas também através dos manipuladores (mãos e vestuário de proteção).

As micro quantidades do leite de vaca, resultantes da contaminação cruzada de produtos que não contém por produtos que contém leite de vaca, chamam-se traços de leite.

Portanto, se você ou seu filho(a) possui alergia à proteína do leite de vaca, não consuma presunto e outros frios fatiados em padarias, restaurantes e hotéis, pois costuma-se dividir a mesma máquina onde são manipulados produtos que contém leite de vaca ou derivados. O presunto deve ser cortado em casa, onde você tem maior controle dos ingredientes que farão parte da alimentação do alérgico.

O Blog Desafio Mamãe também tratou deste assunto aqui e aqui.

Um abraço, Mari.

Desde que descobri  a alergia à proteína do leite de vaca da minha filha, tenho lido artigos que dizem que o leite de cabra é uma alternativa para alérgicos ao leite de vaca. Em contrapartida, muitos profissionais da saúde informam que a proteína do leite da cabra e da ovelha possuem semelhança genética de aproximadamente 90% com a da vaca, sendo comum o desenvolvimento de alergia cruzada a estes alimentos, ou seja, o organismo do alérgico reconhece todos esses leites como se fossem o mesmo.

No site do Dr. Maciel (leia a matéria na íntegra, clicando aqui), por exemplo, encontramos a seguinte informação:

Estima-se que 3% a 8% das crianças do mundo com menos de 3 anos são alérgicas às proteínas do leite de vaca . Já em relação ao leite de cabra esse valor aproxima-se de zero. Como alternativa ao leite de vaca é o uso de fórmulas à base de soja. Entretanto, de 25% a 50% dessas crianças também apresentam sintomas de intolerâncias às fórmulas.

Não confunda intolerância à lactose com alergia às proteínas do leite. A intolerância costuma melhorar com o passar do tempo, por causa do amadurecimento do sistema digestivo. Já a alergia, é causada por uma predisposição genética e tende a acompanhar a pessoa por toda a vida.

O leite de cabra tem sido um substituto satisfatório nos casos de crianças e adultos alérgicos às proteínas do leite de vaca, que são: caseína alfa-s1 e lactoalbumina.

A caseína do leite de cabra tem uma estrutura diferente, ele possui caseína-ß, caseína alfa-s2 e pouca quantidade de caseína alfa-s1. Isto explica a boa tolerância ao leite de cabra pelas pessoas que são sensíveis ao leite de vaca.

O fato é que muitas mães, assim como eu, tem medo das reações alérgicas que seus filhos podem ter ao realizar o teste de introdução do leite de cabra em suas dietas.

Em maio deste ano, recebi a proposta da empresa CCA LATICÍNIOS,  líder e pioneira no mercado de laticínios caprinos no Brasil, para resenha dos produtos da marca CAPRILAT. Confesso que fiquei apreensiva no primeiro momento, mas resolvi enfrentar o medo e experimentar os produtos.

Os produtos chegaram há cerca de 10 dias, e o fato de estarmos fazendo o Teste de Provocação, encorajou-me ainda mais para o teste de introdução do leite de cabra em sua dieta. Como a alergia alimentar da minha filha é  mediadas por IgE, ou seja, que ocorrem de minutos até duas horas após a ingestão do alimento, fica mais fácil de reconhecer o alimento que lhe causou a reação alérgica.

Outro fator relevante para este relato é que o Blog Desafio Mamãe tem compromisso com a verdade, o que significa que a real impressão e reação ao produto serão informados aqui.

Minha filha e eu experimentamos o leite de cabra em duas versões: longa vida (integral e light) e em pó (integral e instantâneo). Assim como a minha filha não vem reagindo ao Teste de Provocação com o leite de vaca, também não reagiu ao leite de cabra. E, assim como não estou oferecendo o leite de vaca no copo para ela, também não o fiz com o leite de cabra. A introdução do alimento ocorreu em forma de ingredientes de outros alimentos, como bolos e batidos em pequenas quantidades com frutas. A oferta do leite de vaca e do leite de cabra é realizada com intervalos de 1 a 2 dias, somente 1 vez por dia, preferencialmente no lanche da tarde.

Em relação aos sabores dos produtos, relatarei a minha opinião, pois ela ainda não sabe fazer este tipo de comparação: o leite de cabra na versão longa vida possui textura, cor e aroma do leite de vaca. O gosto é um pouquinho mais acentuado, mas mais leve do que o leite de soja que a minha filha consome há um ano. E, conforme diz o site da empresa, realmente possui uma digestão mais rápida do que o leite de vaca.

O leite de cabra em pó instantâneo é muito parecido com o leite em pó Ninho em todos os aspectos.  Tente fazer o teste de serví-lo sem mostrar a embalagem, eles serão facilmente confundidos. Ainda não experimentei o leite de cabra em pó integral, pois fiquei com receio de abrir todos eles de uma só vez e não darmos conta de consumirmos antes da validade.

Para mais informações sobre o leite de cabra, receitas e saber onde comprar, acesse o site da empresa clicando aqui.

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Um abraço,

Teste de provocação

25 de junho de 2014

No último sábado, dia 14 de junho, iniciamos o teste de provação seguindo orientação médica.

Após um ano em dieta de exclusão de alimentos que contém proteínas do leite de vaca, o teste de provocação significa a liberação pelo médico dos alimentos antes proibidos para avaliar a reação da minha filha. Estes significados também constam no nosso Dicionário APLV.

Teste de provocação

Como o grau da sua alergia é 2, seu médico apenas recomendou que o teste seja feito em pequenas quantidades, uma vez ao dia, e que eu sempre esteja com o seu antialérgico em mãos. Mas, em pessoas mais sensíveis, o teste de provocação deve ser realizado apenas com supervisão do alergista, em ambiente hospitalar, devido à possibilidade de reação grave.

A princípio, optei por não informar a família e a escola, para que somente o papai e eu possamos oferecer alimentos com proteína do leite de vaca.

Depois de tanto tempo fazendo o rigoroso controle dos alimentos a serem ingeridos por ela, é uma sensação bastante estranha permitir que a nossa filha coma um pedaço de pizza de mussarela ou um pão de queijo, por exemplo. De acordo com o seu médico, podemos manter na sua alimentação o leite de soja, e devemos oferecer alimentos com traços, derivados de leite de vaca e alimentos com o leite de vaca entre os ingredientes. Assim, o seu “tetê” continuará sendo preparado da mesma maneira como contei neste post.

O fato de termos poucos alimentos em casa que contenham proteína do leite de vaca também nos faz estranhar muito esta nova situação. É uma readaptação após a dieta de exclusão.

Hoje, completamos 1 semana e meia de teste de provocação e até agora a minha filha não apresentou nenhuma reação. Confesso que o medo faz com que eu permita que ela ingira algum alimento antes proibido somente de vez em quando, como uma vez ao dia, durante um dia sim e dois dias não. Mas, o teste está sendo feito e ela tem reagido bem!

Vamos torcer para que ela continue sem reação até o início do próximo mês, quando voltaremos ao pneumologista. Caso ela apresente reação, a orientação é retornarmos antes disso.

Qualquer novidade, correrei para contar para vocês!

Um abraço,

Mari.