A maternidade, fase em que tudo passa a ter um novo sentido e com ela também se dá a amamentação, momento em que se estreitam os laços entre mães e filhos e que se torna um momento muito especial. Mas qual a relação da fonoaudiologia com a amamentação? Muita gente me pergunta: o que você, como fonoaudióloga  pode fazer pelas mães e bebês com dificuldades para amamentar? A fonoaudiologia pode ajudar muito na maternidade ou depois que a família já está em casa. Na maternidade, o fonoaudiólogo normalmente compõe a equipe multidisciplinar que assiste mães e bebês nos primeiros dias e pode ajudar encontrando posições confortáveis durante a mamada, ajustando a pega e permitindo, dessa forma, uma boa ordenha do seio, além de evitar fissuras e mamadas ineficientes. Além disso, para os bebês com dificuldades, o fonoaudiólogo com experiência na área neonatal é o profissional mais habilitado na avaliação do sistema motor oral do bebê (língua, lábios, palato, bochecha, sucção nutritiva e não nutritiva, etc.) – o que permite a identificação precoce de possíveis padrões alterados. Dessa forma, junto à mãe, pode-se planejar estratégias e propor exercícios que favoreçam a adequação desses padrões.

A fonoaudióloga também é a profissional responsável por realizar o teste da linguinha, que verifica se o bebê tem a língua presa. É um exame feito no recém-nascido para identificar alterações no frênulo, uma pequena membrana que fica embaixo da língua e a conecta com o assoalho da boca. No caso dos recém-nascidos, a amamentação pode ser prejudicada, já que afeta a sucção e tem sido uma das maiores causas do desmame precoce.

Amamentação: o que a Fonoaudiologia tem a ver com isso?

A amamentação e o desenvolvimento da fala

O aleitamento materno também fortalece os músculos dos lábios, boca e língua, preparando esses órgãos para o aprendizado da fala. Durante o processo de sugar o leite, a mandíbula do bebê está retraída em relação à maxila e a língua encontra-se alargada. Os movimentos de rebaixamento e elevação concomitantes durante a sucção provocarão impulsos de crescimento ósseo mandibular. Este crescimento incidi na diminuição da relação distal com a maxila, favorecendo um correto posicionamento das gengivas para a erupção dos dentes. É este processo gradativo que vai proporcionar o vedamento labial e uma postura adequada da língua.  Se o processo não se der adequadamente e se prolongarem por muito tempo, podem trazer danos na área fonoarticulatória. A língua fica em padrão anteriorizado, entre os dentes, deformando a arcada dentária, alterando a produção dos fonemas /s/, /z/, /t/, /d/, /n/ e /l/ (que podem estar sendo emitidos com a língua protruída). Portanto, a exercitação da sucção natural é um processo que contribui para o desenvolvimento da mandíbula, favorecendo o crescimento facial, bem como a musculatura orofacial estará maturando para adquirir força para mastigar e triturar sólidos, além de apresentar mobilidade de língua dentro da cavidade oral, propiciando um tono muscular adequado que influenciará positivamente na aquisição dos sons da fala.

As crianças que não mamam no peito também não terão suas necessidades de sucção satisfeitas, levando muitas vezes aos hábitos viciosos como sugar dedo(s) ou chupeta.

Aqui vão algumas dicas para que a amamentação ocorra com prazer e afeto

  • A mãe pode escolher a posição para amamentar, desde que o bebê esteja inteiramente de frente para ela e bem próximo, com a barriga encostada no seu corpo. É importante que os dois se sintam confortáveis;
  • A posição de amamentar deitada é aceita, desde que o braço da mãe seja o suporte para apoiar o bebê e a outra mão ajude na pega do seio;
  • Deve-se ter cuidado com o pescoço e com a coluna do bebê. A cabeça e a coluna precisam estar alinhadas;
  • A mãe deve aproximar a boca do bebê bem de frente ao seu peito. Para estimular o bebê a abrir bem a boca, deve-se tocar os lábios dele com o bico do peito. O lábio inferior do bebê deve ficar abaixo do bico do peito, para que ele possa abocanhar a aréola – área mais escura e arredondada do seio. O queixo do bebê precisa tocar o seio da mãe;
  • O pai e outros familiares podem e devem apoiar no momento da amamentação, ajudando no que for possível, fazendo carinho no bebê, cantando músicas ou colocando-o para arrotar.

Dados: Segundo a Unicef, Amamentar os bebês imediatamente após o nascimento pode reduzir 22% a mortalidade neonatal – aquela que acontece até o 28º dia de vida – nos países em desenvolvimento. No Brasil, do total de mortes de crianças com menos de 1 ano, 69,3% ocorrem no período neonatal e 52,6%, na primeira semana de vida.

Raquel Luzardo, fonoaudióloga, especialista em linguagem, diretora da Clínica FONOterapia, atua há mais de 16 anos em atendimento infantil, orientação familiar e assessoria escolar. Casada com o Yan e mãe do Gabriel, acredita que a comunicação é a ferramenta para as relações acontecerem de forma plena e feliz!

O leite materno é considerado o melhor alimento do ponto de vista nutricional porque protege o bebê de doenças infecciosas e alérgicas. E o ato de sugar proporciona segurança, consolo e calor, contribuindo para o seu desenvolvimento emocional e afetivo. Mas além destes aspectos, a amamentação, mastigação e respiração provocarão também estímulos para o crescimento da face que ajudará no desenvolvimento da fala e linguagem da criança.

Amamentar ajuda a desenvolver músculos da fala e linguagem

No recém nascido, a mandíbula está retraída em relação à maxila e a língua encontra-se alargada. Os movimentos de rebaixamento, ântero-posteorização e elevação concomitantes durante a sucção do leite provocarão impulsos de crescimento ósseo mandibular. Este crescimento incidi na diminuição da relação distal com a maxila, favorecendo um correto posicionamento das gengivas para a erupção dos dentes. É este processo gradativo que vai proporcionar o vedamento labial e uma postura adequada da língua. E a alimentação através da mamadeira não propicia toda essa dinâmica.

Tudo ocorre de maneira diferente porque todo aquele ciclo coordenado de movimentos que acontece na amamentação natural, é realizado de maneira muito mais simples. Não há necessidade de um esforço muscular no sentido de ocluir e pressionar o bico com movimentos coordenados de lábios, língua, bochechas e mandíbula para obtenção do alimento.

A criança que não mama no peito não terá suas necessidades de sucção satisfeitas, levando muitas vezes aos hábitos viciosos como sugar dedo(s) ou chupeta. Se esses hábitos se prolongarem por muito tempo podem trazer danos na área fonoarticulatória. A língua fica em padrão anteriorizado, entre os dentes, deformando a arcada dentária, alterando a produção dos fonemas /s/, /z/, /t/, /d/, /n/ e /l/ (que podem estar sendo emitidos com a língua protruída).

A exercitação da sucção natural é um processo que contribui para o desenvolvimento da mandíbula, favorecendo o crescimento facial, bem como a musculatura orofacial estará maturando para adquirir força para mastigar e triturar sólidos, além de apresentar mobilidade de língua dentro da cavidade oral, propiciando um tono muscular adequado que influenciará positivamente na aquisição dos sons da fala.

A amamentação é uma atividade extremamente favorável para a boca e para a face, promovendo tanto a adequação da musculatura, quanto o crescimento ósseo ideal. Na amamentação, as funções de sucção (precursora da mastigação), deglutição e respiração ocorrem de forma coordenada, fazendo com que o “equipamento” que também funcionará para a produção de fala atinja as melhores condições.

Raquel Luzardo, fonoaudióloga, especialista em linguagem, diretora da Clínica FONOterapia, atua há mais de 16 anos em atendimento infantil, orientação familiar e assessoria escolar. Casada com o Yan e mãe do Gabriel, acredita que a comunicação é a ferramenta para as relações acontecerem de forma plena e feliz!

Quem conhece o Blog Desafio Mamãe, sabe que vira e mexe trago textos ou dicas de Colaboradoras, gente que perde um pouquinho do seu precioso tempo para nos enviar informações que só fazem enriquecer o conteúdo do blog. E hoje, nossa Colaboradora é a Rosane Gonzalez, 33 anos, mamãe de 2 meninas em fases completamente diferentes, louca pelo mundo da maternidade, escritora e gerente de conteúdo do Portal Trocando Fraldas.

A Rosane nos fala sobre a importância do Leite Materno e explica sobre a LOBALE  – Ajudando Vidas.

“Milhares de bebês em todo Brasil nascem prematuros todos os dias e para que a saúde deles seja fortalecida e consigam se desenvolver da maneira esperada, eles dependem totalmente de uma alimentação adequada à base de leite materno, de preferencia. Mas, nem sempre as mães destes prematuros conseguem produzir e oferecer leite materno o suficiente para alimenta-los ou devida à falta de informação e orientação dos profissionais da saúde deixam de estimular a produção, que acaba secando rapidamente.

Mesmo com todas as campanhas informativas, explicações e comunicação em canais abertos e internet, estamos bem longe de acabar de vez com essa situação. Mas, podemos fazer nossa parte para que o fato seja reduzido e cada dia mais bebês possam ser alimentados por leite materno, mesmo que através de banco de doações de leite. Para isso, o LOBALE foi desenvolvido pelo Portal Trocando Fraldas, visando auxiliar milhares de mulheres em todo Brasil a alimentar seus bebês prematuros e dar maiores chances de desenvolvimento e qualidade na alimentação oferecida. O LOBALE facilita o acesso de mulheres de todo Brasil a localizar postos de coleta e bancos de leite materno mais próximos de suas residências para receber e também doar.

LOBALE

Qualquer mulher pode ser doadora de leite materno, sem importar a idade, nem quanto tempo amamenta, desde que tenha o suficiente para alimentar o próprio filho, estar com a saúde em dia e desejar fazer o bem. Se tiver interesse é só verificar pela ferramenta LOBALE onde fica o posto de coleta ou banco de leite materno mais próximo e entrar em contato para verificar os procedimentos. Existem 354 unidades distribuídas em todo território brasileiro.

Alguns postos de coleta oferecem o serviço de visita a domicilio para que seja feita uma avaliação inicial e ainda oferecem os frascos a serem coletados. O melhor a fazer é ligar no posto de coleta mais próximo e se informar dos procedimentos e seguir as orientações. Todas as pessoas, seja homem ou mulher (mesmo que não esteja amamentando) podem contribuir com essa campanha chamando a atenção através das redes sociais e conversando com aquelas mulheres que podem ser doadoras, mas desconhecem a importância da doação de leite materno e de quantas vidas podem ajudar e salvar. Faça sua parte e ajude a salvar vidas!”

Quer ajudar com essa campanha? Compartilhe este post!

Um abraço,