É certo que atividades físicas fazem bem para os pequenos. Minha filha já frequentou aulas de natação, capoeira e ballet. A sequência destas aulas é desordenada: quando ingressou no berçário (post, aqui) a matriculei nas aulas de ballet. Aos 3 anos, a matriculei nas aulas de natação e ela só parou quando o inverno chegou. Voltou para a natação com 4 anos e novamente parou quando o inverno chegou. Na última primavera, não voltei a matriculá-la na natação pela questão da logística. O ballet foi interrompido ao sair do berçário e ingressar na educação infantil, quando houve troca de escola (entenda mais, aqui). Com 3 anos, ela frequentou as aulas de capoeira, pois a escola não oferecia ballet. Com 4, quando a troquei de escola novamente, ela ficou muito feliz em saber que voltaria para as aulas de ballet, e ela vem frequentando as aulas desde então, há 1 ano e 3 meses.
São muitos os benefícios da natação e já escrevi um post só sobre este assunto (acesse o post, aqui). Mas, você conhece os benefícios do ballet?
De acordo com a Royal academy of dance, os benefícios são:
- Desenvolver a sociabilidade e novas amizades.
- Encorajar a disciplina física e o controle e conhecimento de seu corpo.
- Inspirar um senso de confiança física e mental.
- Encorajar uma boa postura e habilidade corporal.
- Entender a relação entre música, rítmo e movimento controlado.
- Promover o conhecimento de outras formar de arte, associadas ao ballet clássico.
- Ensinar o gosto pelas artes cênicas.
E, mesmo que você não tenha pensado em tudo isso ao cogitar aulas de ballet para a sua filha, com certeza você ficou encantado(a) com as roupas para a atividade (digo filha, pelas roupas próprias para meninas para a prática do ballet). Eu a-do-ro ver a minha filha pronta!
Mas, do meio do ano para cá, minha filha reclamou algumas vezes de ter de frequentar a aulas de ballet. Na escola em que estuda, os alunos do período integral que não frequentam as aulas de ballet (as aulas são fora do horário de aula, não estão inclusas na mensalidade e grade escolar), são direcionados para outras atividades, e acredito que ver alguns dos seus coleguinhas fora da aula de ballet a tenha instigado a praticar outra atividade neste horário. E, tive a certeza absoluta de que ela não tem se entusiasmado com o ballet clássico no dia da sua apresentação de fim de ano, pela carinha dela no momento da apresentação. Já na apresentação de outras danças que não sejam o ballet clássico ela foi destaque, ganhou muitos elogios e a professora a posicionou no centro do palco. Ela adora dançar, mas acredito que o ritmo mais lento do ballet clássico não a empolga.
E, até que ponto vale a insistência para uma criança praticar determinada atividade?
De acordo com a matéria “Atividade extra para cada perfil de criança”, de Juliane Massaoka, para a Gazeta do Povo (matéria completa, aqui), algumas aulas podem tornar-se uma obrigação social. Fazer inglês, por exemplo, é indispensável para garantir uma boa colocação no mercado de trabalho futuramente. Nesse caso, quando a criança não gosta, vale insistir na atividade, porém é preciso buscar outros métodos. E, de acordo com os especialistas, matricular a criança em diversas aulas pensando apenas em benefícios a longo prazo é um erro.
Por isso, como muitas amiguinhas da turma da minha filha frequentam a aula de ballet, a incentivei a continuar praticando até o meio deste ano, mas ainda assim ela não quis. Foi então que resolvi que este mês é o último em que ela frequentará as aulas, até que ela me diga que quer voltar. Esta escolha, manter ou não manter a criança em cada atividade, está diretamente ligada ao prazer da criança em desempenhá-la, não só aos benefícios de cada uma delas.
Abaixo, listo as atividades corporais próprias para cada idade :
De seis meses a 3 anos
- Aulas de natação com os pais ajudam a desenvolver a coordenação motora, sociabilidade e segurança dentro da água.
De 3 a 6 anos
- Natação: começa a desenvolver a capacidade respiratória.
- Ballet: noções de ritmo e consciência corporal.
De 6 a 10 anos
- Natação: as crianças passam a nadar efetivamente; o exercício alonga e fortalece o corpo como um todo.
- Balé, ginástica artística ou olímpica: nessa fase, o corpo tem mais elasticidade; é o período ideal para iniciar dança e esportes que exijam flexibilidade.
- Judô, futebol: esportes de competição estimulam a sociabilidade, habilidades individuais e espírito de equipe.
A partir de 10 anos
- Equitação, esgrima, tênis, vôlei, basquete. As atividades anteriores podem continuar, mas nessa idade as crianças passam a discernir melhor os gostos e podem tomar a iniciativa de começar algo diferente.
E seu filho(a), pratica alguma atividade corporal? Conte para a gente, comente ou Seja Colaborada.
Abraços,
Mari.