Foi conversando com uma amiga que falava sobre sua filha de dois anos que não quer comer, só mamar no peito, que chegamos no assunto “a importância da alimentação no desenvolvimento da fala”.

Então, sem muita propriedade para dissertar sobre o assunto, mais uma vez contei com a ajuda da fonoaudióloga e especialista em linguagem e desenvolvimento infantil Raquel Luzardo, diretora da clínica FONOterapia, para explicar o tema para todas(os) nós.

A fala envolve a participação de várias funções como a sucção, a mastigação, a deglutição e a respiração, que vão nos preparar para a Comunicação, ou seja, todos esses fatores vão estimular a forma de pronunciar as palavras, isto é, a articulação.

É por isso que a alimentação é uma fase muito importante para o desenvolvimento da linguagem.

Desde o início, o bebê ao sugar o bico do seio faz uma preensão preparando os órgãos da fala (língua, lábios e bochechas), exercitando as estruturas envolvidas no crescimento ósseo como as articulações temporo-mandibulares e a coordenação da sucção com a respiração e a deglutição, além do vínculo (proximidade) com a mãe que vai possibilitando gradativamente o contato, a troca e a inclusão do outro que é um fator importante  na Comunicação.

Quanto ao uso da mamadeira vale ressaltar a posição correta durante a amamentação mais verticalizada para a prevenção de otites (dor de ouvido).

O tipo de bico, o tamanho do furo, fornecem informações diferentes para a criança  pois o esforço que a criança precisa  fazer para se alimentar pode ser menor, não havendo necessidade de ocluir e pressionar o bico com movimentos coordenados de lábio, língua, bochechas e mandíbula para a aquisição do alimento. Neste caso, muitas vezes a língua atua no sentido de impedir a introdução total do bico na boca e controlar o fluxo de leite empurrando o leite para fora e não no sentido correto para engolir, o que pode favorecer mais tarde a projeção de língua.

Uma forma de melhorar essa questão é não aumentar o furo da mamadeira e procurar mamadeiras e chupetas com bico ortodônticos pois têm a forma semelhante ao bico do seio.

Um outro ponto que deve ser questionado é a sucção da chupeta, dedo e outros hábitos, trazendo um prejuízo na postura da musculatura da região oro facial, criando desvio na respiração e alterações nos arcos dentários (mordida aberta).

Muitas vezes a chupeta e o dedo vão afetar a musculatura oral (lábios, língua e bochechas) e o aparecimento dos dentes, dificultando mais tarde também a produção adequada de alguns sons na fala, interferindo portanto na mastigação, deglutição, respiração e articulação.

Assim, a fase da amamentação e uma alimentação adequada não só pastosa mas que exija a mastigação de acordo com a idade da criança, vai preparando e estimulando os órgãos fonoarticulatórios (lábios, língua, bochechas, palato, dentes) que são muito importantes para a fala.

Foto do álbum: Smash the Fruit da Maju

A mastigação exige uma dissociação de movimentos de língua, lábios e mandíbula importante para a preparação da musculatura da boca para a articulação. É a partir destes movimentos que vão se desenvolver os movimentos da fala, pois para falarmos bem também é preciso a participação dos lábios, língua e dentes.

Portanto, é indispensável que a alimentação da criança seja adequada no sentido de proporcionar oportunidades para o exercício da mastigação e estimulação oral.

Neste post, a Raquel também nos explicou quando pode estar acontecendo atraso na linguagem. Qualquer dúvida sobre o desenvolvimento da fala do(a) seu(ua) filho(a), não hesite em consultar um(a) especialista em linguagem e desenvolvimento infantil.

Um abraço,

Ao escrever o último post do ano de 2020, fiz a retrospectiva do Blog Desafio Mamãe e iniciei o artigo falando sobre a Covid-19. O que não imaginei, é que havia pego a Covid-19. Isso mesmo. Hoje, revelarei como peguei o novo coronavírus, quais sintomas senti e como minha família e eu lidamos com a doença.

Crédito da imagem: Freepik

Fui internada para uma cirurgia eletiva em um dos hospitais da cidade de São Paulo classificado pelo Ministério da Saúde como destaque na promoção de saúde. E, provavelmente, foi lá que peguei o novo coronavírus.

Sobre a cirurgia realizada:

Em abril de 2015 senti a primeira forte dor dos lados direito e esquerdo da barriga revelando-se cistos hemorrágicos. Quase três meses depois, o diagnóstico de endometriose estava confirmado. Contudo, engravidei no mesmo ano, me preparando para a cirurgia para remover as lesões de endometriose.

Mesmo sendo comum ouvir pessoas dizendo que a gravidez é uma possibilidade de cura para a doença, a endometriose não tem cura. Por isso, em 2019 voltei a sentir dores tão fortes quanto àquelas que sentia no ano da descoberta da doença.

Assim, no início de 2020, dei andamento aos exames necessários para retirar (ou queimar) o tecido endometrial que se encontrava danificando outros órgãos através de cirurgia. Mas, com o decreto municipal que colocou todos em isolamento social, acabei adiando o procedimento cirúrgico.

Em outubro de 2020, tivemos o anuncio por parte do governo estadual de que a Grande São Paulo e mais cinco regiões avançaram para a fase verde do plano de reabertura da economia durante a pandemia do coronavírus. Mais segura, voltei ao médico para o agendamento da cirurgia.

No final do mesmo mês, foi anunciado o aumento da instabilidade da pandemia. Mas, como a minha cirurgia estava agendada e autorizada pelo plano de saúde, não cogitei a hipótese de suspender (novamente) a cirurgia agendada.

Exames refeitos, em 18 de dezembro foi realizada a cirurgia para remoção das lesões de endometriose. Durante o mesmo procedimento cirúrgico, foi realizada a colecistectomia, retirada da vesícula biliar.

Conforme solicitação médica, dois dias antes da cirurgia realizei o exame de PCR e o resultado foi negativo.

Durante os três dias e duas noites em que estive no hospital, fiz uso de máscara do momento da minha chegada até a realização da cirurgia. Sentindo os efeitos colaterais das anestesias, fui dispensada do uso de máscara, recolocando-a somente no momento da alta. Por isso, acredito que foi lá onde peguei o novo coronavírus.

Os sintomas da Covid-19:

Tive alta do hospital em 20 de dezembro. E, embora tenha sentido falta de ar em alguns momentos, como durante o banho ou quando caminhava ou subia escadas, imaginei que seriam efeitos colaterais da cirurgia. Fazendo o repouso recomendado pelo médico, me sentia melhor a cada dia.

Foi então, cinco dias após a minha alta hospitalar, no Natal , que senti o primeiro sintoma: muito frio. Uma sensação diferente de todas que já havia sentido. Sentia meu corpo todo tremendo, sem tremer. Medi minha temperatura e estava, 36,5º C. Passado algum tempo, medi novamente e estava 36,9º C. Como uma das prescrições médicas pós-cirúrgica foi antitérmico em caso de febre, tomei a medicação receitada pelo cirurgião e cerca de uma hora e meia depois o frio passou dando lugar à muito calor. Sentia minhas pernas queimarem.

Sem desconfiar de que pudesse ter pego o novo coronavírus, passei o próximo dia bem, de repouso. No entanto, no final do dia, me dei conta de que havia perdido o olfato/paladar. Foi então que busquei no Google mais informações a respeito e encontrei uma matéria do Uol (link aqui) que diz: “A perda do olfato que pode acompanhar o coronavírus é única e diferente daquela experimentada por alguém com um forte resfriado ou gripe (…). Quando os pacientes com covid-19 apresentam perda de olfato, ela tende a ser repentina e severa. (…) Pacientes com coronavírus que perderam o paladar realmente não conseguem distinguir entre amargo ou doce.

No dia seguinte, tive diarreia e um mal estar muito parecido com aquele que sentimos ao pegar uma virose: cólicas abdominais e náusea. Assim, não pensei duas vezes em procurar atendimento médico no hospital em que realizei a cirurgia dias atrás. No hospital, fui examinada, medicada e refiz o exame de PCR (aquele exame incomodo conhecido como exame do cotonete).

E agora?

Mesmo sem ter alguns dos sintomas muito comuns de pacientes com Covid-19, como febre e tosse seca, fiquei apavorada e passei a usar máscara durante todo o dia (tirando apenas para tomar banho e dormir) mesmo antes da confirmação através do exame de PCR. Procurei me distanciar do meu marido e das crianças.

Mas, é muito difícil cuidar de duas crianças mantendo distância sem poder contar com uma rede de apoio, fazendo repouso pós-cirúrgico. No entanto, as crianças entenderam minha situação e se comportaram muito além do que o normal. Ainda assim, cozinhei quando não podia pedir as refeições e, devagar, colocava as coisas no lugar e atendia os pedidos das crianças.

Graças a Deus, nem meu marido, nem as crianças apresentaram sintomas do novo coronavírus.

Felizmente, pude me afastar do trabalho por mais uma semana, além do período pós-cirúrgico solicitado pelo médico para recuperação da Covid-19. Felizmente, as crianças estão de férias escolares e não precisei me preocupar com as aulas online.

Mas, alguns compromissos foram cancelados, para respeitarmos o isolamento social a fim de evitarmos a transmissão da Covid-19 para outras pessoas.

Após a experiência, confesso ter ficado ainda mais assustada com os sintomas desta doença que vem somando vítimas em todo o planeta. E, minha família e eu, que vínhamos fazendo alguns passeios tomando cuidados como uso de máscara e álcool em gel, aguardaremos mais um pouco até que a vida recomece após a imunização da população contra a Covid-19.

Fiquemos bem! ♥

Um abraço,

Na última semana, a prefeitura de São Paulo liberou a reabertura do comércio por quatro horas por dia. Contudo, parte da população continua cumprindo o isolamento social durante vinte e quatro horas. Por isso, hoje vim contar os benefícios da vitamina D para gestantes, que é produzida em banhos de sol de 15 à 20 minutos diários, sem uso do protetor solar. Durante a quarentena, pode-se tomar banhos de sol no quintal, na varanda, no terraço, na sacada ou até mesmo da janela de um dos cômodos da casa.

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E quais os benefícios da vitamina D para gestantes? A Dra. Erica Mantelli, ginecologista, obstetra e especialista em saúde sexual nos explica!

Uma pesquisa recente, publicada pela Cochrane, do Reino Unido, mostrou evidências que gestantes com deficiência de vitamina D são mais propensas a ter complicações na gravidez, incluindo pré-eclâmpsia, diabetes, parto prematuro e bebês pequenos. Os pesquisadores analisaram, minuciosamente, 30 estudos feitos com cerca de 3.700 grávidas, “Os bebês nascidos com deficiência de vitamina D também já apresentaram mais chances de crescimento ósseo afetado, alergias e até raquitismo, ” alerta Erica.

Segundo a ginecologista, o monitoramento dos níveis de vitamina D nas gestantes é absolutamente essencial para as futuras mamães. “Em muitos casos, suplementar pode ser necessário. Por esta razão, as mulheres grávidas devem ficar bem atentas aos seus níveis de vitamina D ”.

Conheça os quatro benefícios da vitamina D para as gestantes:

  1. Redução no risco de pré-eclâmpsia e diabetes gestacional;
  2. Redução no risco do bebê nascer abaixo do peso;
  3. Redução no risco de hemorragia grave no pós-parto;
  4. Redução no risco do bebê ter problemas de crescimento ósseo ou apresentar raquitismo.

Dra. Erica Mantelli – Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro, com Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia. Pós-graduada em disciplinas como Medicina Legal e Perícias Médicas pela Universidade de São Paulo (USP), e Sexologia/Sexualidade Humana. É formada também em Programação Neolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).

Dra. Erica Mantelli no Instagram: @ericamantelli

E você? Tem tomado banhos de sol durante a quarentena? Conte para a gente!

Um abraço,