Lua de Leite

15 de agosto de 2016

Dia primeiro de agosto comemoramos o dia mundial da amamentação. Inspirada pela data, quero muito contar a minha segunda experiência com a amamentação. E, como o texto ficaria longo e eu demoraria mais do que o desejado para publicá-lo, decidi dividi-lo em três partes. Neste primeiro post falarei sobre a Lua de Leite e como planejei a minha. No segundo post, trarei os mitos sobre amamentação e, por fim, publicarei sobre o período de amamentação exclusiva da Maria Júlia.

Até o dia do nascimento da minha primeira filha, considerava que amamentar seria algo tão simples quanto carregar o bebê no colo. Considerava que o ato de amamentar seria apenas fisiológico e natural, desconhecendo o tamanho do esforço e determinação que devemos ter para ultrapassar a média brasileira de aleitamento materno exclusivo. Contudo, a minha primeira experiência com a amamentação foi bem rápida, pois passei a complementar as mamadas da primogênita com fórmula infantil quando ela tinha um mês e desde então, desmotivada para insistir no aleitamento materno, minha filha foi sendo sustentando pela mamadeira mais e mais. Com isso, meu organismo passou a considerar que se o bebê não está ingerindo leite, não mais seria necessário produzir a lactase. Portanto, quando minha filha completou apenas dois meses, já não produzia mais leite (também falei sobre a minha primeira experiência com amamentação aqui).

A Organização Mundial da Saúde recomenda a amamentação exclusiva por 6 meses e depois da introdução de outros alimentos, até 2 anos ou mais. Com o intuito de seguir a recomendação da OMS, afim de oferecer proteção a doenças como infecções respiratórias e alergias e desejando prolongar o período de amamentação em relação à minha primeira filha, planejei minha Lua de Leite.

Lua de Leite

De acordo com a Revista Crescer (artigo completo aqui), Lua de Leite é o tempo de que mãe e bebê necessitam para se conhecerem, se adaptarem à nova vida e fortalecerem os vínculos. O aleitamento é facilitado pela liberação de ocitocina natural por conta do contato pele a pele com o bebê e pela boa produção do leite, em razão da livre demanda. A restrição do mundo externo assegura confiança à mãe, permitindo-lhe um terno início da relação mãe-bebê.

Sem conhecer o termo Lua de Leite, mas seguindo meu coração de que deveria preparar o “ambiente” para a chegada da minha segunda filha, me organizei para que após a sua chegada tivesse tempo suficiente para o contato pele a pele e o máximo de repouso possível. Assim, programei para que minha diarista passasse a vir três vezes por semana para afastar-me das tarefas domésticas durante a minha licença maternidade, meu marido encarregou-se de preparar o almoço durante os primeiros dias após a minha chegada da maternidade e de levar a minha filha mais velha para a escola. Minha mãe ajudou-me “como um anjo” buscando minha filha mais velha na escola e trazendo o jantar, que previamente preparava na sua casa. Tanto na maternidade quanto em casa, recebemos poucas visitas, mantendo sempre um ambiente calmo para o bebê.

Como meu marido trabalhou durante os finais de semana naqueles primeiros dias de vida da nossa caçula e amigos e familiares tiveram conhecimento disto, dias em que costuma-se receber visitas, não precisei esclarecer que estávamos nos resguardando para curtir o novo membro da família. Foi extramente valioso não termos a casa cheia aos sábados e domingos no período de puerpério (período que decorre desde o parto até que o estado geral da mulher voltem às condições anteriores à gestação). E, talvez a parte mais difícil da Lua de Leite seja exatamente esta, a necessidade de conversarmos, dividir nossos sentimentos com outros casais que passaram pela mesma situação.

O momento que tive muito gosto de ter a casa cheia e mostrar-me minimamente apresentável foi no dia do meu aniversário, exatamente 25 dias após o nascimento da minha filha, quando convidei amigos queridos e familiares para passarmos algumas horas juntos. A “festa” foi rápida e fiz questão de preservar um ambiente tranquilo para que pudesse amamentá-la sem interferências. Todos entenderam e respeitaram.

O planejamento deu certo e o início da nossa relação mãe-bebê foi tranquila e bonita, fazendo com que, desta vez, os sentimentos de melancolia, tristeza, alterações de humor e sentimento de ”refém” da situação não aparecessem tão acentuados como senti após o meu primeiro parto (como contei neste post). Além disso, a Lua de Leite contribuiu para que eu enfrentasse os meus monstros e ultrapasse orgulhosa o período de amamentação exclusiva em relação à minha primeira filha.

E você, conhecia o termo Lua de Leite? Pensa em planejar a sua?

Um abraço,

Bronquiolite

25 de julho de 2016

Há mais de 15 dias não tenho atualizado o blog com um novo post, e não é por falta de assunto ou vontade, mas porque há algumas semanas fomos surpreendidos pela bronquiolite do nosso bebê.

De acordo com o site Babycenter Brasil (leia o texto na íntegra clicando aqui),  a bronquiolite decorre de uma inflamação das pequenas vias aéreas dos pulmões (bronquíolos), provocada por um vírus e agravada pelo acúmulo de muco. Isso dificulta a passagem do ar, causando sintomas parecidos com os da asma.

Uma das causas da doença é um vírus chamado sincicial respiratório (VSR), que também pode provocar infecções de ouvido, laringite e até pneumonia. E esse não é o único vírus que pode causar bronquiolite: o rinovírus (do resfriado comum), o adenovírus, o influenza (da gripe) e outros também provocam a doença.

Geralmente, a bronquiolite começa com sintomas de resfriado, e para muitas crianças o vírus acaba não tendo maior impacto do que isso. Para outras, no entanto, sintomas mais leves, como nariz escorrendo, tosse e febre baixa, acabam se agravando e levando a dificuldades para respirar e, às vezes, chiado no peito. Muitos bebês também ficam irritados e inapetentes.

Bronquiolite

No caso do nosso bebê, os sintomas iniciais foram nariz escorrendo e carinha de resfriado. De sexta-feira a noite para domingo evoluiu para tosse. Assim, liguei para o pediatra que me aconselhou fazer inalações com soro fisiológico. Após dois dias, sem febre mas apresentando piora na tosse, nos dirigimos ao Pronto Socorro (só Deus sabe o quanto evito levar as meninas ao Pronto Socorro!). Foi receitado xarope expectorante. Mais dois dias se passaram sem melhoras e com crises de tosse que a deixavam com dificuldade para respirar, assim retornamos ao Pronto Socorro. Na noite anterior do retorno, percebi chiado no peito e falta de apetite. As noites passaram de bem à mal dormidas, nas duas últimas acordou de duas em duas horas. Lá, foi detectada bronquiolite (com exame positivo para o vírus VSR) e baixa saturação.

Saturação é quantidade de oxigênio que o sangue está transportando. De acordo com o site da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (leia o texto na íntegra clicando aqui), em caso de doença pulmonar, o nível de oxigênio sanguíneo pode vir a ser menor do que o normal. É importante saber se e quando isso ocorre, pois, quando o nível de oxigênio é baixo, as células do corpo podem ter dificuldade de trabalhar apropriadamente. O oxigênio é o “gás” que faz o corpo “funcionar”. Se estamos com o “gás” baixo, o corpo trabalha mal. Ter um nível muito baixo de oxigênio sanguíneo pode sobrecarregar o coração e o cérebro.

Contudo, nosso bebê ficou internado por 5 dias na UTI Neonatal. Foi um grande susto e a cada dia alimentávamos a esperança de que aquele seria o dia da alta. Meu marido e eu nos dividíamos entre o hospital e ficar com a Maria Eduarda, nossa filha mais velha. Há exatos 13 dias nossa pequena teve alta e hoje está bem.

Assim como a Maria Júlia, a Maria Eduarda também teve bronquiolite aos três meses, mas não foi necessária internação, na época a bronquiolite foi controlada no domicílio.

Desde o dia da alta do nosso bebê, estamos evitando sair de casa e restringindo, dentro do possível, o contato com outras pessoas.

E vale ressaltar que, mais do que etiqueta, exagero ou frescura, gestos simples podem proteger os bebês de fontes de vírus e bactérias. São eles:

  1. Não visite ou se aproxime de bebês caso esteja doente;
  2. Lave as mãos antes do contato com o bebê;
  3. Use álcool-gel nas mãos e antebraços antes do contato com o bebê;
  4. Evite pegar nas mãos e dedinhos do bebê;
  5. E, por fim, não o beije.

Um abraço,

Há 3 anos, trouxe a dica de produtos Pullman que não contém leite de vaca em sua composição e recentemente foi comentado no post sobre uma mudança na produção do produto Bisnaguito, que agora passa a conter traços de leite e ovos, por dividir o maquinário com um novo produto Pullman.

Esta alteração afetará muitas famílias que tinham o Bisnaguito como alternativa segura para consumo por crianças com alergias alimentares. Assim, foi criado um abaixo-assinado para que a Pullman não mude os ingredientes e maquinários de seus produtos consumidos por crianças.

Abaixo-assinado - maquinários PULLMAN

Essa alteração estará apresentada nos novos rótulos, porém, ela colocará em risco milhares de crianças alérgicas que já consomem o Bisnaguito. Muitos consumidores que já estão acostumados a comprar o Bisnaguito podem não notar a diferença na composição, colocando suas famílias em risco. As crianças alérgicas a ovos, leite e derivados, tinham no Bisnaguito uma alternativa para consumo para o lanche, o que auxiliava na sua inclusão social, e nas alternativas de produtos industrializados que podiam consumir.

Entendemos que tenham o interesse de oferecer novos produtos aos seus consumidores, mas esta alteração na composição do Bisnaguito afetará os consumidores alérgicos que já tinham na Pulmann uma indústria que oferece alternativas seguras às suas famílias. Pedimos encarecidamente que voltem a produzir os Bisnaguitos em maquinários exclusivos, evitando assim os riscos à saúde e, inclusive, o risco à vida de muitos consumidores alérgicos.

O abaixo-assinado está no site Change.org. Para assinar o abaixo-assinado, clique aqui.

Assine, compartilhe este link com todos que você conhece e ajude milhares de pessoas!

Abraços,