Poucos dias após escrever o post sobre o aniversário de 1 ano do Blog Desafio Mamãe, onde digo que a grande razão pela existência do Blog é, e sempre foi, o infindável amor que sinto pela minha filha, uma publicação no Facebook me chamou muito a atenção. A postagem foi de uma colega que tem uma filha linda, com pouco menos de 2 anos, que dizia: “Devo minha felicidade a esse tratamento! Graças a ele, minha Gabi veio ao mundo! (…) Muito bom ler esse artigo e ver que venci tudo isso”. Ela estava falando sobre um tratamento de fertilização.
A Daniela, mamãe da Gabi, tentou engravidar durante 2 anos sem sucesso, até que fez um tratamento e conseguiu. E esta curta postagem no Facebook, fez a minha cabeça e o meu coração, principalmente, fervilhar. Pensei em todas as mulheres que já conheci que demoraram e outras que ainda não conseguiram engravidar, que fazem de tudo para ter um bebê. E fiquei emocionada ao me atentar que o amor por um filho, este amor inexplicável e infinito, começa antes mesmo de termos o bebê em nossos braços.
Quando planejamos ter um filho (acesse o post sobre o planejamento do nosso bebê, aqui), o amor por ele, passa a existir a partir daí, deste momento. A divina vontade de gerar uma vida, preservar por ela e de abdicar de todas as nossas até então prioridades, para satisfazer a necessidade do outro, é o amor por um filho que brota no nosso coração.
Mas, de que tratamento estamos falando? É o tratamento de imunização com linfócitos paternos (ILP) para casos de abortamentos de repetição de causa aloimune. Explicando melhor:
“O sistema imune materno possui mecanismos para reconhecimento da carga genética diferente de um feto, e com isso, consegue protegê-lo contra a destruição. Há, portanto, a produção de anticorpos bloqueadores que protegem o embrião recém-implantado no útero. Este tipo de resposta recebe o nome de aloimunidade.
Quando não existe grande variabilidade genética entre o homem e a mulher, mesmo que eles não sejam parentes, tais anticorpos não são produzidos, deixando o embrião suscetível ao ataque do sistema imune.
Sendo assim, o embrião tem maior chance de ser destruído pelo sistema imune da mãe e o quadro clínico em tais casos poderá ser reconhecido como abortamento de repetição. A avaliação da presença de tais anticorpos é feita com um exame denominado Cross-Match, que pesquisa a existência de anticorpos contra linfócitos paternos no sangue da mãe.
Assim, para tais casos, existe um tratamento imunológico baseado na utilização de vacinas produzidas com linfócitos presentes no sangue do pai, que são injetados no organismo da mãe com o intuito de estimular, por uma via diferente, a produção de anticorpos contra o HLA paterno, que poderão, assim, ter o efeito protetor numa gravidez.”
Texto retirado do RDO Diagnósticos Médicos.
A Daniela também tem um Blog onde conta a sua história, desde o início do namoro com o papai da Gabi, passando por todas angústias com o tratamento e a felicidade de quando engravidou, até os dias de hoje. Clique aqui para acessá-lo.
Além deste, existem outros problemas e outros tratamentos para fertilidade. Mas, a principal mensagem que quero trazer com este post não é sobre as causas e tratamentos da fertilidade, mas sobre o que acontece antes, o amor pelos filhos que fazem mulheres procurar por um tratamento de fertilidade.
Através da imagem da Daniela com sua filha, fica a certeza de que vale a pena qualquer sacrifício para termos um filho. Vale a pena todos os incômodos da gravidez e vale a pena cada minuto dedicado a eles por todo o resto de nossas vidas.
Concordam comigo?
A Daniela Unterkircher é de São Paulo, capital. Obrigada Daniela, por ser nossa Colaboradora, dividindo conosco a sua história.
Um abraço,
Mari.