Lá no comecinho do ano, no dia 23 de janeiro, havia feito um ultrassom e nele constou um pequeno cisto de apenas um lado do ovário (sem sintomas). Assim, a médica orientou-me dizendo que não necessitaria de tratamento, que os cistos aparecem e desaparecem naturalmente. Por isso, não havia me preocupado.
Voltamos da nossa viagem para Ilha do Mel (posts sobre a viagem aqui, aqui e aqui) no dia 26 de abril. No dia 27 de abril convidei alguns amigos para comemorarmos o meu aniversário aqui em casa e no dia 28 de abril comecei a sentir um grande desconforto, como uma cólica menstrual. Mas peraí, eu não estava no período pré-menstrual ou menstrual para sentir cólica. Foi então que no dia 30 de abril fui até o Pronto Socorro me queixar da dor que a esta altura já tinha ultrapassado todas as dores causadas por todas as cólicas menstruais que já tive na vida. Na madrugada do dia 30 a dor foi muito forte e veio acompanhada de sangramento. O exame de ultrassom realizado no Pronto Socorro revelou um cisto hemorrágico. Na verdade, dois cistos, um do lado direito e outro do lado esquerdo.
“Cisto hemorrágico é uma bolsa cheia de líquido presente no ovário de algumas mulheres, que pode apresentar sangramento das suas próprias paredes, para o seu interior, enchendo-se de sangue ou jorrando sangue para o ovário. Os cistos hemorrágicos aparecem e desaparecem naturalmente ao longo dos ciclos menstruais, e geralmente não apresentam sintomas nem necessitam de tratamento. Porém, nos casos mais graves pode ser necessário cirurgia.”
Durante a nossa viagem e na semana que seguiu senti náusea, cansaço, tonturas e muita, muita sensibilidade nas mamas. Se não fosse o incômodo do lado esquerdo e direto da barriga, até poderia pensar que um irmãozinho para a Maria Eduarda viria por aí. Mas, foi a fortíssima dor acompanhada de sangramento que me fez ter certeza de que algo estava errado.
“Os sintomas do cisto hemorrágico no ovário podem ser:
- Dor do lado esquerdo da barriga, quando há cisto hemorrágico no ovário esquerdo;
- Dor do lado direito da barriga, quando há cisto hemorrágico no lado direito;
- Cólica;
- Dor durante a relação sexual;
- Atraso da menstruação;
- Náuseas;
- Vômitos;
- Emagrecimento sem causa aparente;
- Sinais de anemia como fraqueza, palidez, cansaço ou tonturas;
- Sensibilidade nas mamas.
Estes sintomas surgem quando o cisto fica muito grande, devido ao acumulo de sangue no seu interior, causando pressão nas paredes do ovário, e são mais evidentes durante a menstruação. Quando um cisto hemorrágico se rompe pode haver ainda sensação de queimação na barriga. Neste caso é recomendada uma consulta médica urgente com um ginecologista.
Geralmente o tratamento do cisto hemorrágico consiste no uso de analgésicos, sob orientação médica, pois os cistos tendem a desaparecer naturalmente ao fim de 2 ou 3 ciclos menstruais. Sacos de água quente, almofadas de aquecimento e gelo podem ser aplicados na região pélvica para estimular a circulação sanguínea e aliviar a dor e a inflamação.
Os anticoncepcionais orais também ajudam no tratamento do cisto hemorrágico no ovário, pois diminuem a produção dos hormônios que estimulam o crescimento do cisto.
Em caso de rompimento do cisto hemorrágico há dor abdominal intensa e pode ser necessária uma cirurgia por laparoscopia para remover o cisto e parar a hemorragia. A recuperação da cirurgia é de aproximadamente 2 semanas.
O cisto hemorrágico não se torna câncer no ovário. A consulta com o médico ginecologista é muito importante para serem realizados exames e ser questionada a história familiar, principalmente em mulheres com história na família de câncer no ovário.”
Fonte: Tua Saúde
Fiz tratamento com anti-inflamatório durante 5 dias e também usei bolsa térmica de gel para aliviar a dor intensa. A hemorragia durou os mesmos 5 dias e não foi necessária laparoscopia para remover o cisto.
Ao consultar minha ginecologista, foi pedido um novo ultrassom transvaginal que apresentou o mesmo resultado do anterior, mesmo após um ciclo. Após a primeira crise, houveram mais duas, no dia 13 e no dia 17 de junho. Portanto, ainda queixando-me de dor, a médica ginecologista pediu um novo exame, chamdo ressonância magnética da pelve, para investigação de possível endometriose.
Assim, acabo este post, mas não acabo a história. Por isso, logo volto para contar para vocês.
Um abraço,
Mari.