Em todos os campos das nossas vidas, fazemos comparações. Ao comprar um produto, por exemplo, comparamos o preço, a cor, a qualidade, a durabilidade e etc. Mas, há coisas e pessoas que não devemos comparar.
Ao escolhermos um emprego, podemos até ponderar benefícios, distância, salário. Porém, não faça a comparação do seu emprego com o emprego do seu marido, amigos ou familiares. A oportunidade é única, e cada qual tem o seu valor. O seu salário pode não ser o maior entre as pessoas do seu meio social, mas é este emprego que garante o seu sustento e te traz benefícios, como aprendizado e experiência, por exemplo. O sucesso não é quantitativo.
E não compare a sua vida conjugal com a da sua amiga. O seu marido é dotado de qualidades e defeitos, assim como o dela. Ele pode ter esquecido o aniversário de casamento, mas pode ser um pai mais participativo do que o marido dela.
E o filhos? Ahhh, os filhos! O que mais vemos são matriarcas discutindo e se enfrentando no mundo presencial e virtual, cada qual defendendo a sua maneira de criar os rebentos. Debatem e até discutem sobre alimentação, desenvolvimento, gastos com festas e pertences para os pequenos, escolha da metodologia escolar e uma infinidade de coisas que nos fazem simplesmente ser diferentes.
No mundo materno não há regras, o que há sim são exceções, situações únicas e incomparáveis. Defendo o parto natural, mas por falta de informação, talvez, a minha filha nasceu através de uma cesárea. Defendo a amamentação, mas só pude amamentá-la até os dois meses. Sou sensível no trato com a minha filha quase que o tempo todo, mas confesso que já perdi a cabeça e gritei sem necessidade. Defendo, mas não conhecia os benefícios e por isso não carreguei a minha filha num sling pelas ruas da cidade. Não programei o uso da cama compartilhada, mas ela aconteceu por aqui, e muitas vezes levanto no meio da noite para colocá-la em sua caminha, pois não há espaço suficiente para os três na mesma cama para uma noite inteira.
E mesmo com tudo isso, não permitimos que falte amor para ela. E além de todo o amor que sentimos e toda a dedicação que temos por ela, não deixamos de nos atentar também para discipliná-la positivamente. Aqui a regra é respeito, compaixão, educação e amor ao próximo.
Sim, ao pensar em um segundo filho, pretendo fazer algumas coisas diferentes. Mas isso chama-se experiência.
Ao conversar com outra mamãe, procure ser mais tolerante, compreensiva e deixar o julgamento e a comparação de fora da conversa. Este tipo de comparação é muito menos construtiva do que agressiva.
E viva a blogosfera materna, grupos do Facebook para mamães e toda e qualquer rodinha de conversa sobre o envolvente universo infantil.
Um abraço,
Mari.