Comparação

21 de julho de 2014

DVS, DVS Editora, Blog do Editor, Insight, Daniel C. Luz, Livros Online

Em todos os campos das nossas vidas, fazemos comparações. Ao comprar um produto, por exemplo, comparamos o preço, a cor, a qualidade, a durabilidade e etc. Mas, há coisas e pessoas que não devemos comparar.

Ao escolhermos um emprego, podemos até ponderar benefícios, distância, salário. Porém, não faça a comparação do seu emprego com o emprego do seu marido, amigos ou familiares. A oportunidade é única, e cada qual tem o seu valor. O seu salário pode não ser o maior entre as pessoas do seu meio social, mas é este emprego que garante o seu sustento e te traz benefícios, como aprendizado e experiência, por exemplo. O sucesso não é quantitativo.

E não compare a sua vida conjugal com a da sua amiga. O seu marido é dotado de qualidades e defeitos, assim como o dela. Ele pode ter esquecido o aniversário de casamento, mas pode ser um pai mais participativo do que o marido dela.

E o filhos? Ahhh, os filhos! O que mais vemos são matriarcas discutindo e se enfrentando no mundo presencial e virtual, cada qual defendendo a sua maneira de criar os rebentos. Debatem e até discutem sobre alimentação, desenvolvimento, gastos com festas e pertences para os pequenos, escolha da metodologia escolar e uma infinidade de coisas que nos fazem simplesmente ser diferentes.

No mundo materno não há regras, o que há sim são exceções, situações únicas e incomparáveis. Defendo o parto natural, mas por falta de informação, talvez, a minha filha nasceu através de uma cesárea. Defendo a amamentação, mas só pude amamentá-la até os dois meses. Sou sensível no trato com a minha filha quase que o tempo todo, mas confesso que já perdi a cabeça e gritei sem necessidade. Defendo, mas não conhecia os benefícios e por isso não carreguei a minha filha num sling pelas ruas da cidade. Não programei o uso da cama compartilhada, mas ela aconteceu por aqui, e muitas vezes levanto no meio da noite para colocá-la em sua caminha, pois não há espaço suficiente para os três na mesma cama para uma noite inteira.

E mesmo com tudo isso, não permitimos que falte amor para ela. E além de todo o amor que sentimos e toda a dedicação que temos por ela, não deixamos de nos atentar também para discipliná-la positivamente. Aqui a regra é respeito, compaixão, educação e amor ao próximo.

Sim, ao pensar em um segundo filho, pretendo fazer algumas coisas diferentes. Mas isso chama-se experiência.

Ao conversar com outra mamãe, procure ser mais tolerante, compreensiva e deixar o julgamento e a comparação de fora da conversa. Este tipo de comparação é muito menos construtiva do que agressiva.

E viva a blogosfera materna, grupos do Facebook para mamães e toda e qualquer rodinha de conversa sobre o envolvente universo infantil.

Um abraço,

Mari.

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