Porque escolhi dividir os cuidados entre escola e vovó

26 de novembro de 2013

Assim que a minha filha completou 1 ano, ela passou a apresentar sinais que me fizeram optar por matriculá-la na escola. Como ela passava o dia todo com adultos (babá, mamãe e papai), percebi que ela adorava ver outras crianças. E quando as via, ela gritava e mexia as mãozinhas para tocá-las. Foi então que escolhi aquele momento para dar inicio à sua socialização.

Num primeiro momento pensei em deixá-la meio período com a babá e meio período na escola. Cheguei até mesmo a conhecer uma escola na rua do condomínio onde morávamos, supondo que a babá pudesse buscá-la no final do período. Mas, alguns contratempos com a babá, me fizeram mudar por completo a rotina da minha filha, optando por deixá-la meio período na escola e meio período com a vovó materna.

Em nenhum momento a babá deixou de cuidar da minha filha como gostaríamos. Graças a Deus, a minha filha estava sempre limpa, alimentada e feliz. Os contratempos que me fizeram dispensar a babá foram (desvantagens de deixar seu filho com uma babá):

Custo:

O gasto planejado para termos uma babá foi excedido, pois por falta de experiência, não calculamos o aumento de gastos com alimentação e outros gastos da casa, como água, luz, telefone e gás natural. Meu marido e eu controlávamos os gastos de diversas maneiras, cheguei a bloquear a linha telefônica para ligações para celulares e interurbanas, mas os gastos continuaram aumentando. No decorrer dos nove meses em que tivemos uma babá, o gasto mensal com alimentação duplicou.

Amizade com a babá:

Foi construída uma relação de amizade, mas os limites não foram respeitados pela babá. Eram constantes os pedidos de ajuda para solução de problemas pessoais, ocorreu o uso indevido de produtos pessoais e até uma correspondência em meu nome foi aberta pela babá.

Faltas constantes:

Do momento da contratação da babá ao terceiro mês em que esteve conosco, as faltas cresceram consideravelmente. Procurei na Web pelos seus direitos encontrei a informação de que não existe uma cláusula específica para a categoria em relação às faltas, e que portanto, este deveria ser um acordo entre a babá e a contratante. Assim, acordamos que a partir da terceira falta no mês, as demais faltas seriam descontadas. Mesmo assim, o número de faltas não diminuiu.

Quando a babá faltava, eu precisava ligar para a vovó materna pedindo para que ela ficasse com a minha filha, ocasionando um desconforto em todos nós pela mudança na rotina.

Pedido de férias:

No mês de dezembro, com a aproximação das férias escolares, a babá pediu para que as suas férias fossem antecipadas, já que a férias ainda não lhe eram por direito. Mesmo com todos os argumentos, foi criado um impasse. E, para não corrermos o risco de ficarmos sem a babá antes da hora, acordamos a antecipação de 15 dias de férias, mesmo sem a babá ter este direito.

Durante as férias da babá, a minha filha ficou com a vovó materna.

Procura por direitos e ameaça de pedido de demissão:

Constantemente, a babá questionava por seus direitos legais e chegou a usar, por diversas vezez, a nossa própria  linha telefônica para informar-se sobre os mesmos. Com paciência, tirava todas as suas dúvidas e lhe garantia de que tanto a sua assinatura na carteira profissional, quanto os pagamentos, estavam de acordo com a lei.

Certo dia, enquanto trabalhava, recebi uma ligação do meu marido informando que a babá havia pedido as contas. Me lembro que naquele dia não consegui me concentrar no trabalho durante todo o dia. A sensação de dependência, mesmo que irreal, é inevitável.

Contudo, optei por delegar os cuidados da minha filha à escola, por meio período, e à vovó materna, pelo restante do tempo, até o meu retorno para casa.

E você, já deixou ou deixa o seu filho(a) aos cuidados de uma babá? Como foi ou está sendo a sua experiência? Conte para a gente!

Abraços, Mari.

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