Que tal começarmos o mês com uma receita sem leite de vaca enviada por uma Colaboradora? Quem carinhosamente lembrou de nós e enviou a receita para o post de hoje foi a Josiane Gardezani Kulino, mamãe da Dani e da Mari, esposa de um colega muito querido que trabalhou comigo alguns anos atrás.

Pré-aqueça o forno e o coração para a receita deliciosa de Pão de queijo sem leite de vaca. Vamos lá?

Ingredientes:
1 xícara e 1/2 de batata baroa ou batata doce cozida e amassada
1 xícara de polvilho doce
1 xícara de polvilho azedo
1/3 de xícara de azeite extra-virgem
1/4 xícara de água
1 colher de chá de sal

Modo de fazer:
Pré-aqueça o forno a 180º por 15 minutos. Misture a batata cozida com o azeite e mexa bem. Adicione a água e mexa novamente. Junte o polvilho doce e misture até formar uma massa homogênea. Acrescente o sal usando as mãos para incorporá-lo à massa. Leve à geladeira por 10 minutos, para que fique mais firme. Depois, faça bolinhas e disponha-as em um tabuleiro com papel manteiga. Asse por 15 minutos.

Pão de queijo sem leite de vaca

Pão de queijo sem leite de vaca

A Josi retirou a receita do site Receitas da Nanda e preparou o pão de queijo retirando dois ingredientes, os grãos de linhaça e a chia, para que suas filhas não cismassem com as sementinhas. E nos deu uma dica valiosa para uma receita bem divertida: pão de queijo cor-de-rosa. Basta ralar beterraba, coar e substituir pela água.

E você, quer dividir conosco a sua receita também? Seja Colaborador(a)!

Um abraço,

São conhecidos os pronomes de tratamento. Já fui senhorita, hoje sou senhora, madame (em francês, senhora), dona. E, preferencialmente, você (contração de Vossa Mercê). Eventualmente, quando estou com minha(s) filha(s), me chamam de “mãezinha” (Isso provavelmente acontece com você também, principalmente se seu filho(a) ainda for bebê).

Para mim, vulgo  “mãezinha”, pois assim como não gosto do termo “mãe em tempo integral” (como expliquei neste post), também não gosto de ser chamada de “mãezinha” por pessoas que desconhecem inclusive meu primeiro nome. Minhas filhas podem me chamar de mãe, mamãe, mãezinha, mainha e qualquer variante da palavra mãe. Agora, pessoas que mal me conhecem, por favor, não me chamem de “mãezinha”.

Minha caçula começou com tosse sexta-feira a noite, no entardecer do domingo a tosse piorou. Segunda-feira, às 08 da manhã, ligo para o pediatra informando tal situação. Seguindo as instruções do pediatra há 2 dias e sem melhoras, a levo para o pronto-socorro na quarta-feira. O pediatra mal a examina e receita: “Xarope de 8 em 8 horas, mãezinha”.

Minha filha mais velha chora para voltar para a escola depois das férias e se queixa que determinado coleguinha bate nas outras crianças. Após o retorno às aulas, minha filha volta a se queixar que o mesmo coleguinha bateu em outra criança, bateu em suas costas e a ameaça constantemente com o olhar e fazendo gestos com as mãos. Sem querer esperar pela reunião de pais e professores, envio reclamação via agenda e cobro providências. A professora responde: “Conversamos com o aluno, mãezinha”.

Sábado ensolarado, coloco a mais nova no carrinho e levo minhas filhas para o parque com o propósito de expô-las aos raios solares. Encontro muitas pessoas desconhecidas. Uma delas aproveita a ocasião e faz perguntas: “Quanto tempo ela tem?” – se referindo à caçula. “Qual a idade dela?” – se referindo à mais velha. “E agora, não vai tentar um menino, mãezinha”?

Mãezinha, só para as minhas filhas!

Ao meu ver, ser chamada de “mãezinha” pelos médicos significa que não sei absolutamente nada sobre a ciência médica e que estou exagerando em relação aos sintomas da minha filha. Doutores e enfermeiros, por favor, não se enganem! Uma mãe pode reconhecer os sintomas de uma enfermidade muito mais rápido do que você, pois conhece o seu filho.

Ao meu ver, ser chamada de “mãezinha” pelos professores, significa que não entendo nada de pedagogia e que estou apenas me queixando da escola. Professores, por favor, não se enganem! Uma mãe pode conhecer as dificuldades do seu filho e reconhecer situações mais graves muito mais rápido do que você, pois conhece o seu filho.

Ao meu ver, ser chamada de “mãezinha” por pessoas que não me conhecem muitas vezes não significa empatia, mas julgamento. Ei você, que tem o costume de chamar mulheres acompanhadas de seus filhos de “mãezinhas”, por favor, não se engane! Esta mulher também tem vida própria, pode fazer e ser uma infinidade de coisas, exceto a SUA mãe.

Abraços,

Como informei no meu último post, Lua de Leite, optei por dividir a minha segunda experiência com a amamentação em três publicações, e esta é a segunda delas. Hoje, trago alguns mitos e verdades sobre amamentação.

Logo após o parto (relato completo do meu segundo parto aqui), tive o privilégio de amamentar a minha segunda filha ainda na sala de cirurgia. Quanto mais precoce for a primeira mamada, mais vínculo se criará entre mamãe e bebê, prolongando assim o tempo de amamentação. Sugando o seio da mãe, o bebê também ajuda na descida do leite materno, pois o ato de sucção estimula, no cérebro da mãe, uma glândula que produz e libera os hormônios responsáveis pela produção e pela saída do leite.

São conhecidas as inúmeras vantagens do aleitamento materno para a mãe, como diminuir os sangramento após o parto, prevenir de doenças como osteoporose, câncer de mama, câncer de ovário e câncer de útero. E para o bebê, como ter os nutrientes necessários para seu bom desenvolvimento, além de protegê-lo contra doenças e infecções.

Mitos e Verdades sobre Amamentação

Mas, mesmo conhecendo as vantagens da amamentação, pode ser que ainda restem dúvidas em relação ao aleitamento materno. Esclareço algumas delas com as respostas às afirmações mais comuns:

Quem tem prótese de silicone não pode amamentar.

Mito. Não há evidências de que a prótese de silicone interfira na amamentação. Normalmente, nas cirurgias desse tipo, não há manipulação de ductos com incisão na região da aréola.

Quem sofreu cirurgia de redução mamária pode ter dificuldade para amamentar.

Verdade. A cirurgia de redução das mamas pode interferir na amamentação quando os mamilos são transplantados. Em alguns procedimentos, também é possível ocorrer redução dos ductos galactóforos. Essa questão vai depender da técnica cirúrgica aplicada.

Quem tem mamilo invertido não pode amamentar.

Mito. Os mamilos invertidos se contraem ou se projetam para dentro ao serem estimulados. As mudanças no corpo da mulher, ao longo da gestação, podem fazer que os mamilos fiquem mais protuberantes do que de costume. Em algumas situações, no entanto, mamilos invertidos se voltam ainda mais para dentro quando os seios ficam cheios de leite. Com a orientação de seu médico ou profissional da saúde, é possível reverter essa condição e amamentar o bebê.

Bebê que mama no peito não precisa beber água.

Verdade. O leite materno já contém água suficiente em sua composição para hidratar o bebê. É o alimento mais completo que existe. Não é preciso oferecer mais nada à criança durante os seis primeiros meses de vida.

Até hoje, com 4 meses e 20 dias, não ofereci mamadeira de água para a Maria Júlia.

O bebê deve mamar 20 minutos em cada peito.

Mito. Cada bebê tem seu ritmo e sua necessidade de alimentação. A oferta de leite deve obedecer ao regime de livre demanda, ou seja, oferecer o seio sempre que o bebê quiser mamar. O tempo de cada mamada poder variar de um bebê para outro. Além disso, o bebê pode esvaziar uma das mamas e não a outra, por estar satisfeito. É importante, sempre, iniciar a mamada seguinte pela mama em que o bebê mamou da última vez.

A Maria Júlia nunca precisou de tanto tempo para se sentir satisfeita. Durante sua internação para a cura da bronquiolite, as enfermeiras me perguntavam por quanto tempo ela havia mamado para preenchimento de relatórios e por isso decidi cronometrar, assim constatei que ela leva em média 30 minutos (considerando os dois peitos) para satisfazer-se.

Algumas vezes, quando a Maria Júlia esvazia uma das mamas e não a outra (isso eventualmente ocorre na primeira mamada do dia), tiro o leite da mama cheia com uma bomba para tirar leite manual e armazeno o leite para ofertar horas mais tarde.

O bebê deve mamar de três em três horas.

Mito. Isso depende do bebê. Deixe que o bebê esgote primeiro uma mama, para depois oferecer a outra, caso ele ainda queira mamar. Fique atenta para que o intervalo entre uma mamada e outra não ultrapasse quatro horas.

No início, a Maria Júlia mamava em intervalos curtíssimos, o que é muito comum nos recém-nascidos. Contudo, a cada dia, este tempo foi ganhando intervalos maiores e hoje ela mama no peito a cada duas horas.

Durante a noite, o espaçamento entre uma mamada e outra foi aumentando gradativamente. Fiquei feliz quando ela dormiu durante o período de 5 horas e hoje posso dizer que algumas noites ela dorme por um período de até 10 horas.

Devem-se limpar as mama a cada mamada.

Mito. Faça a higiene das mamas no banho diário. Depois de cada mamada, basta passar um pouco do próprio leite na aréola e no mamilo, para manter a pele hidratada.

Poucos dias após o nascimento da Maria Júlia, tive fissuras nas mamas. Para solucionar o problema, além de passar o próprio leite na aréola, usei a pomada Lansinoh para hidratar e proteger os mamilos rachados e doloridos após cada mamada. Sem muito sucesso, procurei na internet informações sobre o uso desta pomada e percebi que o meu modo de usar estava incorreto. Passei a aplicar a pomada somente após o(s) banho(s) e somente sobre a fissura. Com isso, tive sucesso na cura das mamas e de lá para cá não preciso utilizar qualquer método para hidratação.

Algumas mulheres produzem um leite mais fraco.

Mito. Não existe leite materno fraco, já que cada mãe produz  o leite de que seu bebê precisa, e na quantidade certa.

Nunca tive dúvidas em relação à qualidade do leite materno. Já em relação à quantidade, minha cabeça se encheu de caraminholas desde a primeira consulta ao pediatra. Mas, este é assunto para o próximo post. Até lá.

* Perguntas e respostas retiradas da Cartilha da amamentação fornecida pelo Hospital e Maternidade Santa Joana no dia da minha alta.

 Um abraço,