Há mais de 15 dias não tenho atualizado o blog com um novo post, e não é por falta de assunto ou vontade, mas porque há algumas semanas fomos surpreendidos pela bronquiolite do nosso bebê.
De acordo com o site Babycenter Brasil (leia o texto na íntegra clicando aqui), a bronquiolite decorre de uma inflamação das pequenas vias aéreas dos pulmões (bronquíolos), provocada por um vírus e agravada pelo acúmulo de muco. Isso dificulta a passagem do ar, causando sintomas parecidos com os da asma.
Uma das causas da doença é um vírus chamado sincicial respiratório (VSR), que também pode provocar infecções de ouvido, laringite e até pneumonia. E esse não é o único vírus que pode causar bronquiolite: o rinovírus (do resfriado comum), o adenovírus, o influenza (da gripe) e outros também provocam a doença.
Geralmente, a bronquiolite começa com sintomas de resfriado, e para muitas crianças o vírus acaba não tendo maior impacto do que isso. Para outras, no entanto, sintomas mais leves, como nariz escorrendo, tosse e febre baixa, acabam se agravando e levando a dificuldades para respirar e, às vezes, chiado no peito. Muitos bebês também ficam irritados e inapetentes.
No caso do nosso bebê, os sintomas iniciais foram nariz escorrendo e carinha de resfriado. De sexta-feira a noite para domingo evoluiu para tosse. Assim, liguei para o pediatra que me aconselhou fazer inalações com soro fisiológico. Após dois dias, sem febre mas apresentando piora na tosse, nos dirigimos ao Pronto Socorro (só Deus sabe o quanto evito levar as meninas ao Pronto Socorro!). Foi receitado xarope expectorante. Mais dois dias se passaram sem melhoras e com crises de tosse que a deixavam com dificuldade para respirar, assim retornamos ao Pronto Socorro. Na noite anterior do retorno, percebi chiado no peito e falta de apetite. As noites passaram de bem à mal dormidas, nas duas últimas acordou de duas em duas horas. Lá, foi detectada bronquiolite (com exame positivo para o vírus VSR) e baixa saturação.
Saturação é quantidade de oxigênio que o sangue está transportando. De acordo com o site da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (leia o texto na íntegra clicando aqui), em caso de doença pulmonar, o nível de oxigênio sanguíneo pode vir a ser menor do que o normal. É importante saber se e quando isso ocorre, pois, quando o nível de oxigênio é baixo, as células do corpo podem ter dificuldade de trabalhar apropriadamente. O oxigênio é o “gás” que faz o corpo “funcionar”. Se estamos com o “gás” baixo, o corpo trabalha mal. Ter um nível muito baixo de oxigênio sanguíneo pode sobrecarregar o coração e o cérebro.
Contudo, nosso bebê ficou internado por 5 dias na UTI Neonatal. Foi um grande susto e a cada dia alimentávamos a esperança de que aquele seria o dia da alta. Meu marido e eu nos dividíamos entre o hospital e ficar com a Maria Eduarda, nossa filha mais velha. Há exatos 13 dias nossa pequena teve alta e hoje está bem.
Assim como a Maria Júlia, a Maria Eduarda também teve bronquiolite aos três meses, mas não foi necessária internação, na época a bronquiolite foi controlada no domicílio.
Desde o dia da alta do nosso bebê, estamos evitando sair de casa e restringindo, dentro do possível, o contato com outras pessoas.
E vale ressaltar que, mais do que etiqueta, exagero ou frescura, gestos simples podem proteger os bebês de fontes de vírus e bactérias. São eles:
- Não visite ou se aproxime de bebês caso esteja doente;
- Lave as mãos antes do contato com o bebê;
- Use álcool-gel nas mãos e antebraços antes do contato com o bebê;
- Evite pegar nas mãos e dedinhos do bebê;
- E, por fim, não o beije.
Um abraço,