Já parou para pensar que hoje é a primeira segunda-feira do primeiro mês de um ano novinho? Assim, reservei um post especial para ser o primeiro de 2020. Vamos falar sobre endometriose!

Já tivemos um post sobre o assunto no Blog Desafio Mamãe, quando relatei a minha primeira experiência com a doença (post aqui). Agora, conto com a ajuda do Dr. Domingos Mantelli, ginecologista e obstetra, autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”.

Hoje, o Dr. Domingos Mantelli traz alguns mitos e verdades da endometriose:

A endometriose é uma doença complicada que afeta cerca de 10% de pessoas com útero e em idade fértil. Aqui na clínica fazemos acompanhamentos diários de mulheres que sofrem com essa doença e buscam tratamento para aliviar a dor, possibilitar a gravidez, diminuir as lesões endometrióticas e principalmente devolver a qualidade da vida da paciente.

A endometriose é uma cólica menstrual forte?

Mito. A cólica é um dos sintomas da endometriose, muitas mulheres têm cólicas intensas antes, durante e depois da menstruação. Além das cólicas, a endometriose pode causar dor para urinar, dor pélvica crônica, dor nas costas, nas pernas e nos ombros.

A endometriose é uma doença genética.

Talvez. Se a mãe ou a irmã de uma mulher possui a doença, ela tem o risco de desenvolver a doença.

Não é possível reverter a doença.

Mito. A endometriose não tem cura, mas pode ser superada com tratamento clínico, controlando os sintomas com medicamentos, ou cirúrgico, removendo as lesões profundas.

O uso prolongado de anticoncepcionais pode “mascarar” a doença.

Verdade. Quando contínuo, o uso de pílula anticoncepcional pode encobrir a existência da endometriose. Afinal, anticoncepcionais muitas vezes são indicados como tratamento e controle dos sintomas.

Descobri a endometriose em meados de julho de 2015. E, mesmo com o diagnóstico de que a endometriose poderia dificultar uma segunda gravidez ou ainda causar infertilidade, engravidei da minha segunda filha um mês após a descoberta da endometriose, em agosto daquele ano (como contei aqui).

Mesmo sendo comum ouvir pessoas dizendo que a gravidez é uma possibilidade de cura para a doença (o que de fato acreditei que poderia ser), a endometriose não tem cura. Contudo, em 2019, voltei a sentir dores tão fortes quanto àquelas que sentia no ano da descoberta da doença.

Agora, estou realizando os exames preparatórios para a videolaparoscopia, uma cirurgia minimamente invasiva, indicada para mulheres que sofrem de endometriose. Por isso, em breve, trarei mais novidades sobre o assunto.

Dr. Domingos MantelliGinecologista e Obstetra – autor do livro “Gestação: mitos e verdades sob o olhar do obstetra”. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro (UNISA) e residência médica na área de Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição. Dr. Domingos Mantelli tem pós-graduação em Ultrassonografia Ginecológica e Obstétrica, e em Medicina Legal e Perícias Médicas.

E você? Já passou por uma videolaparoscopia, cirurgia indicada para mulheres que sofrem de endometriose? Comente!

Um abraço,

Sabe aquela história de que cada gravidez é única? Pois, é comprovadamente verdade. No último sábado completei 36 semanas de gestação da Maria Júlia e até agora, final do 8º mês, já pude sentir muitas diferenças entre uma gravidez e outra.

Primeiramente, engravidei rápido da Maria Eduarda. Parei de tomar o anticoncepcional e naquele mesmo mês engravidei. Já da Maria Júlia, descobri a endometriose e se passaram cinco meses até engravidar (posts aqui e aqui), o que sem dúvida gerou muita ansiedade.

No primeiro trimestre de gestação da Maria Eduarda, ficava enjoada todas as manhãs e o enjoo piorava ao escovar os dentes. Da Maria Júlia, quase não enjoei, e nas pouquíssimas vezes que enjoei foram enjoos arrebatadores.

Na primeira gravidez, minha pressão arterial não sofreu alteração. Já na segunda, descobri a hipotensão, que causa boca seca, mãos geladas, visão escurecida. Das vezes em que minha pressão arterial caiu abruptamente senti uma moleza tão grande que tive a sensação de desmaio, fazendo com que me deitasse e adormecesse profunda e rapidamente. A hipotensão também me fez sentir ânsia e dor de cabeça.

Outra sintoma diferente da primeira gestação, é a dor ou sensibilidade na região do umbigo, sintomas normais e comuns no final da gestação, mas que desconhecia até então.

Algo que também me preocupou sentir na segunda gestação e que não senti na primeira, é uma dor aguda na barriga ao movimentar-me, principalmente quando deitada. O obstetra me explicou que trata-se de uma distensão muscular na região do abdômen e receitou-me um medicamento caso a dor aumentasse ou persistisse. Mas, por via das dúvidas, optei por tomar a medicação somente em situações extremas, que posso dizer que foram duas ou três vezes.

Durante a primeira gestação tive a famosa linha nigra, aquela marca que divide a barriga ao meio apenas na gravidez e que aparece devido ao aumento do estrogênio e também pela distensão abdominal para acomodar o crescimento do útero e do bebê. A linha  nigra não apareceu desta vez.

Encontrar uma posição para dormir também se tornou algo mais difícil nesta segunda gestação, uma vez que dormir de barriga para cima tem me causado falta de ar pela compressão da veia cava, responsável por trazer parte do sangue circulante de volta ao coração.

Outro diferente sintoma é o cansaço. Tenho me cansado muito mais nesta gestação do que na primeira. Talvez, porque agora tenho um serzinho lindo de 6 anos, cheio de energia, para dar atenção e cuidar. Contudo, quase não tenho tempo para descansar e de ter aqueles momentos deliciosos que tive durante a gestação da Maria Eduarda, de colocar os pés para cima e relaxar.

Cada gravidez é única

Em contrapartida, livrei-me do medo da dor do parto. De tanto ler sobre o assunto e assistir a depoimentos, me sinto preparada para o trabalho de parto e estou muito mais confiante na equipe profissional que escolhi para me apoiar neste momento do que na primeira gestação.

Estou menos ansiosa com os preparativos para a chegada do bebê, como enxoval, escolha da maternidade, lembrancinhas e enfeite da porta da maternidade. Diferente da primeira gestação, sei que todo e qualquer detalhe pode vir a faltar na chegada da Maria Júlia, com exceção de alimento e amor.

E desta vez, embora me sinta mais cansada, me sinto muito mais forte. Sei que estou saudável e que embora esteja com os movimentos limitados e que devo policiar-me para não esforçar-me além da conta, me sinto capaz de conduzir minhas atividades até que a Maria Júlia decida vir ao mundo.

E você, mamãe de segunda ou mais viagens, quais as diferenças sentiu entre as gestações?

Um abraço,

Ao descobrir a gravidez da minha filha, antes mesmo do exame de sangue (Beta-HCG) e antes mesmo da primeira ultrassonografia, meu marido e eu ligamos para nossos pais dizendo que “estávamos grávidos”. Mas, como na descoberta da segunda gravidez eu tive muitas dúvidas devido à endometriose, decidimos não contar para ninguém, nem mesmo para a nossa filha, antes de termos certeza de que estava tudo bem com o bebê.

Assim, após fazer o exame de farmácia (leia o post completo sobre a descoberta da segunda gravidez, aqui), tive o receio de ter tido uma gravidez ectópica devido ao histórico de endometriose e por isso pedi ao meu marido para guardar “segredo”. No dia seguinte, meu marido e eu fomos até um Pronto Socorro com o intuito de fazer o exame de sangue e conversar com um médico a respeito do assunto. A primeira providência da médica que me atendeu foi suspender o anti-inflamatório que estava fazendo uso para conter as crises de dor da endometriose. Em seguida, me foi pedido o exame de sangue. Esperei ansiosa pelo resultado do exame de sangue, e, dias depois, quando o resultado do exame foi disponibilizado, recebi o resultado de “positivo”. Mandei mensagem para o meu marido bastante feliz, mas ainda assim pedi que não espalhasse a notícia até que consultasse um médico obstetra. Feita a consulta, me foi pedido a primeira ultrassonografia, e meu marido e eu ficamos muito felizes quando vimos que estava tudo bem com o bebê durante o exame. Assim, passada a euforia dos primeiros dias, ficou mais fácil escolhermos a melhor data para contarmos para a nossa filha e para a nossa família. E, a data escolhida foi: o dia dos pais.

Escolhemos contar no dia dos pais pois perdemos meu sogro no início deste ano e este fato estava mexendo bastante conosco, pois seria o primeiro dia dos pais sem ele. Contudo, achamos que a notícia alegraria a data. E, graças a Deus, foi exatamente isso o que aconteceu. Demos a notícia para a nossa filha no dia anterior, e ela a recebeu com muita naturalidade, como se já esperasse por ela (ela sempre pediu muito por um irmãozinho/irmãzinha).

No dia dos pais, recebemos todos com naturalidade para o churrasco que havíamos programado para o almoço daquele domingo. Foi então, que no momento antes de servimos as sobremesas, reunimos todos no mesmo ambiente e avisei que distribuiria uma caixinha. Pedi para aguardarem o final da distribuição das caixinhas para que pudessem abrir. Quando pedi para abrir, as reações foram as mais diversas, desde gritos de alegria até carinhas de pontos de interrogação. E começaram os abraços de felicitações. Ninguém entendeu como eu poderia estar grávida se comentava que estava me preparando para a cirurgia para remover as lesões de endometriose. Então, passamos a conversar sobre o assunto.

As caixinhas que foram distribuídas são personalizadas com os nomes dos destinatários.

Contando para a família sobre a segunda gravidez

Contando para a família sobre a segunda gravidez

Contando para a família sobre a segunda gravidez

E para guardarmos uma de recordação, mandei fazer uma caixinha com o nome da minha filha.

Contando para a família sobre a segunda gravidez

Contando para a família sobre a segunda gravidez

Dentro de cada caixinha há um móbile também personalizado, contendo o grau de parentesco do destinatário para com o bebê.

Contando para a família sobre a segunda gravidez

Contando para a família sobre a segunda gravidez

E lá no fundo da caixinha haviam 4 bombons. Os bombons que na foto estão em volta das caixinhas foram dispostos num baleiro e as caixinhas foram entregues na bandeja amarela que aparece na foto.

Contando para a família sobre a segunda gravidez

Contando para a família sobre a segunda gravidez

A revelação da gravidez da minha filha também foi marcante, no entanto me lembro exatamente do local e de como contamos sobre a gravidez para a nossa família, via telefone. Mas, o bom de darmos a notícia pessoalmente é vermos as reações das pessoas que amamos e que sabemos que estarão alí, ao nosso lado, nos ajudando a cuidar dos pequenos e os cercando de amor.

Fornecedor: Art of Dreaming, via Elo7.

E você, preparou alguma surpresa para contar para o marido e/ou para a família sobre a gravidez?

Um abraço,

Mari.