Uma das muitas dúvidas durante o planejamento do bebê é o tipo de parto que iremos escolher para trazer ao mundo o nosso pequeno.

A minha filha nasceu através de uma cesárea desnecessária quando eu estava com 39 semanas de gestação. Mas, não me culpo por isso por dois motivos: o primeiro porque eu achei que este seria o melhor parto para mim e para o meu bebê, e o segundo é que na época li bastante sobre os cuidados com o bebê, mas não estudei sobre o melhor tipo de parto. Resumidamente, por falta de informação, optei (não fui induzida pela médica) por fazer uma cesárea.

Tipos de partos

Em minha opinião, cada caso é um caso, cada gestação é individual e devemos respeitar os motivos pelos quais a mamãe escolheu o seu tipo de parto.

Hoje, ao pensar em um segundo filho, não penso na hipótese de uma cesárea. Gostaria de vivenciar este momento de forma diferente, e penso, principalmente, nas vantagens que o parto normal ou humanizado poderão trazer ao meu segundo filho.

Mas, vamos entender as diferenças entre os tipos de partos?

Cesariana

“A operação cesariana (também denominada cesárea) é uma técnica cirúrgica utilizada para retirar um feto de dentro do útero.

(…)

Dentre os motivos de indicação para realização da cirurgia cesárea no lugar do parto vaginal ou parto normal, estão situações de sofrimento fetal agudo, placenta prévia, lesão por herpes ativa no momento do trabalho de parto, prolapso de cordão, feto em posição transversal no momento do parto (mas um feto em apresentação pélvica não é necessariamente motivo de cesariana) e falha de indução quando há indicação de interrupção de gravidez.

Em todo o mundo, verifica-se um grande aumento de nascimentos por via cirúrgica, o que é chamado por alguns de “epidemia de cesáreas”. O fenômeno refere-se ao descumprimento das recomendações da Organização Mundial da Saúde, que preconiza com base em evidência científica que cerca de 15% dos partos necessitem de intervenção cirúrgica, sendo as outras 85% em média gestações de baixo risco que podem ser levadas a termo pelo parto vaginal – comprovadamente mais seguro e menos invasivo, com menores taxas de morbidade para a mãe e o bebê. Diversos países têm taxas de cesariana muito acima dessa recomendação, incluindo o Brasil, onde mais de 50% dos partos totais ocorre por via cirúrgica (e, na rede privada de hospitais, a taxa é de mais de 80% de cesarianas).

As preocupações se devem ao fato de que a cesariana é uma cirurgia de grande porte, cujos riscos não devem ser ignorados. Para a mãe, eles incluem a ocorrência de aderências, infecções, hematomas, hérnias, lesões na bexiga ou outros órgãos, hemorragias, acidentes anestésicos e tromboembolismo. Para o bebê incluem cortes acidentais, desconforto respiratório, maior necessidade de UTI neonatal e mais dificuldades posteriores na amamentação.”

Fonte: Wikipedia

Parto Normal/Natural

É o parto que ocorre pelas vias normais (pela vagina), sem necessidade de meios artificiais.

“A diferença entre parto natural humanizado e o parto normal é justamente a maneira como o processo é conduzido. No parto humanizado o atendimento é centrado na mulher, que é tratada com respeito e de forma carinhosa, podendo desfrutar da companhia da família, caminhar, tomar banho de chuveiro ou banheira para aliviar as dores. As  intervenções de medicamento, aceleração do parto ou mesmo o  tradicional corte vaginal acontece somente quando é estritamente  necessário.”

Fonte: Guia do Bebê

No site da Casa Moara, há uma tabela com as diferenças entre o parto normal e o parto natural (humanizado), desde o momento da gestação até os procedimentos com o recém-nascido. Para acessar, clique aqui.

Se você teve um parto normal ou natural e deseja nos enviar o seu relato para ajudar as mamães que ainda estão escolhendo entre os tipos de partos, clique aqui. Seja nossa Colaboradora.

Um abraço,

Mari.

Como vocês sabem, a minha filha possui APLV. E, como contei no post “A descoberta da Alergia à Proteína do Leite de Vaca – APLV“, tive o diagnóstico confirmado quando ela já estava com 3 anos. Porém, em algumas situações de suspeita de APLV, recomenda-se uma dieta hipoalergênica para a mamãe.

Em consulta com o pneumonologista da minha filha, o qual descobriu a sua alergia, fui informada que, caso eu queira ter outro bebê, é recomendado que eu faça a dieta de exclusão ao leite de vaca durante a gestação e durante o período de amamentação para que o nosso próximo filho somente venha a ter contato com a proteína do leite de vaca com 1 ano de idade, uma vez que a probabilidade do nosso próximo bebê ter a mesma alergia é grande.

Esta dieta não é fácil, pois quando existe a suspeita de alergia alimentar na criança muitos desestimulam a amamentação, quando na verdade a amamentação deveria ser incentivada.

A dieta hipoalergênica da mamãe consiste em não consumir nenhum alimento que contenha o(s) alérgeno(s) em questão ou mesmo traços deste. No caso da APLV, a mamãe não deve consumir nenhum alimento com proteína do leite de vaca, nem mesmo com traços de leite. Para mais detalhes sobre o que são os traços de leite, clique aqui.

E hoje, trago exemplos de mamães que tem se esforçado e conseguido amamentar o seu bebê fazendo a dieta hipoalergênica. Os depoimentos abaixo foram obtidos através do grupo Tips4APLV do Facebook.

A mamãe Camila fez a dieta hipoalergênica por 7 meses, com reintrodução dos alimentos que contém os alérgenos por mais 3 meses. Ao todo já são 10 meses de amamentação.

O bebê da mamãe Alessandra Cristina está com 10 meses, e ela ainda amamenta fazendo a dieta hipoalergênica.

A mamãe Cleydione completará um ano de dieta hipoalergênica, sem consumir alimentos com proteína do leite de vaca e soja. Seu filho, com 1 ano e 5 meses, só mama leite materno e ela já tentou dar fórmula hidrolisada temendo que o leite materno não fosse suficiente, mas viu que não precisa ter medo, e dá a dica de focar na dieta e na alimentação do bebê. A mamãe nos conta que quando começou a dieta foi uma tortura, não sabia nada, foi tudo aprendido com a prática. Os grupos do Facebook a ajudaram muito, não sabia cozinhar bem e aprendeu na marra. Ela largou seu emprego pra ficar com o bebê e focou apenas na amamentação. E foi assim que o seu bebê estabilizou.

Daniara fez 30 meses de dieta hipoalergênica.

O bebê da mamãe Luana tem 1 ano e 4 meses e ela faz a dieta hipoalergênica a 1 ano, amamentando exclusivamente. Seu bebê também come comida e está há um ano sem reações. Sua filha também foi APLV e foi curada com 4 anos de idade.

A mamãe Priscilla amamentou durante 25 meses e fez a dieta hipoalergênica por cerca de 22 meses.

A mamãe Mariana fez a dieta hipoalergênica por 12 meses.

A mamãe Clarissa amamentou até os 4 meses fazendo a dieta hipoalergênica e nos conta que o gastro a desencorajou a continuar. Sua vontade era de amamentar durante mais tempo e acredita que se fosse encorajada teria conseguido.

A mamãe Melissa amamentou durante 30 meses fazendo a dieta hipoalergênica.

A mamãe Meire amamentou o Caio até os 2 anos e 4 meses fazendo a dieta de exclusão à proteína do leite de vaca, incluindo derivados e traços. Hoje o Caio tem 3 anos.

A mamãe Lucila conta que amamentou a filha mais velha até os 2 anos e que tem a intenção de manter a amamentação da filha mais nova, com APLV, até a mesma idade. Hoje a sua filha mais nova está com 10 meses. Lucila faz a dieta hipoalergênica para manter a amamentação do bebê trabalhando durante o dia todo. Para isso, leva marmita e frutas para o trabalho.

A mamãe Mayra amamentou seu primeiro filho até os 9 meses que só parou de mamar por conta própria. O seu segundo filho, com 5 meses, parou de mamar aos 3 meses, pois não conseguiu manter a dieta hipoalergênica devido a sua rotina de trabalho.

Fernanda ainda amamenta o seu bebê com 2 anos e 7 meses. E diz que há pouco mais de 1 mês introduziu leite de vaca em sua dieta, mas que mantêm a dieta hipoalergênica com exclusão de ovo, milho e oleaginosas. Além da alergia ao leite de vaca, seu bebê tem alergia a outros alimentos.

A mamãe Darcy amamentou sua filha Isabel fazendo a dieta hipoalergênica há 15 meses. Sua dieta consistia em restrição de alimentos com leite de vaca, soja e ovo. Há 1 mês introduziu o leite de vaca em sua dieta, mas mantêm a restrição para alimentos com ovo e soja. Sua intenção é amamentar o seu bebê até os 2 anos de idade. Além da alergia ao leite de vaca, seu bebê também tem alergia a outros alimentos.

A mamãe Camila está grávida e fazendo a dieta hipoalergênica para amamentar o seu primeiro filho. Sua G.O. a incentivou a amamentar os 2 bebês, e a assim o fará.

A mamãe Ana Paula conta das dificuldades em fazer a dieta hipoalergênica, e orgulha-se por conseguir amamentar o seu bebê por 3 anos e 4 meses.

A mamãe Marilia amamentou durante 14 meses e fez a dieta hipoalergênica por 17 meses. E conta que a minha pergunta no grupo Tips4APLV do Facebook rendeu um post em seu Blog “Amargo que te torno Doce”. Para acessá-lo, clique aqui!

Todos os depoimentos dessas mamães nos encorajam a fazer a dieta de restrição para o período da gravidez e amamentação. Os depoimentos considerados foram enviados até o dia 04 de janeiro de 2014. Obrigada mamães pelos histórias inspiradoras!

Um abraço, Mari.

#poenorotulo

4 de março de 2014

O Blog Desafio Mamãe apoia a campanha #poenorotulo!

A campanha #poenorotulo foi criada  através do Facebook por um grupo de mães que possuem em comum a alergia alimentar dos seus filhos. Essas mães lutam por informações claras nos rótulos dos alimentos. A intenção é chegar a 1 milhão de compartimentos.

Peço a sua ajuda para embarcar com a gente nessa campanha: acesse a página #poenorotulo e participe!

Um abraço, Mari.