Quem acompanha a nossa história através do Blog Desafio Mamãe pode se lembrar de que no ano passado minha família e eu participamos do primeiro bloco de carnaval pensado para a turminha da primeira infância, o Berço Elétrico.
Se você não se recorda (ou está chegando agora no Blog Desafio Mamãe), dá só uma olhada como foi divertido o Carnaval 2020!
Mas, como todos sabem, em 2021 não poderemos ir para a rua por causa da pandemia da COVID-19. Assim, o Berço Elétrico pensou em uma alternativa e criou o vídeo “O Carnaval Sumiu”, para contar para a criançada, de forma sutil e divertida, que neste ano o Carnaval do bloco acontecerá por meio de uma live.
Agora, afaste os móveis, aumente o som e participe da live de Carnaval do Berço Elétrico.
Há duas semanas, o post com a nossa segunda resenha de viagem para Campos do Jordão com crianças foi publicado (o primeiro post foi publicado em 2013, aqui). Nele, contei que após a escolha da hospedagem, o Tarundu foi incluído no nosso roteiro. E, como este passeio foi o ponto alto da nossa viagem, reservei um post inteirinho para contar a nossa experiência no parque e trazer algumas dicas para você.
Caso ainda não tenha ouvido falar dele, o Tarundu é um espaço em Campos do Jordão com atrações de lazer para todos os gostos e idades, onde você tem contato com a natureza em uma área de 500.000 m² de mata preservada, à 1.700m de altitude. O espaço é realmente fantástico e merecedor do nome: Tarundu em Tupi Guarani significa “Estado de Graça”.
Valores
No site do parque há valores informados para: acesso (passeio Tarundu), atividades avulsas e atividades ilimitadas (passaporte VIP). Durante a nossa visita, o pagamento do acesso foi obrigatório tanto se optássemos por atividades avulsas quanto ao optar por atividades ilimitadas. Através dele, temos acesso à facilidades como estacionamento, sanitários, WiFi, além de restaurante, jardins, trilhas, mirantes, casa na árvore e etc.
Casa na árvore
Casa na árvore
Minha família e eu optamos pelo passaporte que nos deu completo acesso, pois como a nossa intenção foi passar um dia inteiro no parque, caso tivéssemos optado por pagar pelas atividades de forma avulsa na metade do dia já teríamos atingido os valores pagos pelos passaportes VIP.
Campos do Jordão faz valer a fama de ser um destino caro e o Tarundu não sai fora desta curva, mas garanto que vale a pena a visita!
Tarundu com chuva
Nossa viagem para Campos do Jordão estava prevista para os dias 15, 16 e 17 de novembro. Mas, eram previstas chuvas para este período. De acordo com a previsão do tempo, somente teria abertura de sol no dia 18.
Assim, com medo de desperdiçamos nossos passaportes Tarundu adquiridos com antecedência pelo site, mudamos a data do nosso check-out para 18 de novembro. No entanto, a previsão mudou e arriscamos conhecer o parque no próprio dia 17.
E toda esta história é só para te contar que vale visitar o parque com garoa, mas com chuva não! Pouco antes do almoço, o chuvisco virou chuva e as atrações ao ar livre foram fechadas. Aproveitamos o período para almoçar no Tainakan Gourmet, restaurante posicionado estrategicamente no centro do Tarundu, onde as lareiras proporcionam uma experiência à parte.
Enquanto almoçávamos, a neblina baixou e confesso ter entristecido em pensar que nosso passeio poderia ter terminado ali. Por sorte, ao terminarmos de almoçar, o tempo abriu vagarosamente.
Atrações
Durante a nossa visita, algumas atividades, como patinação no gelo, balonismo e orbit ball, estavam fechadas por conta da pandemia da Covid-19. Mas, o número de atrações abertas foi o suficiente para nos divertirmos muito em família.
Nossa primeira atração no Tarundu foi Mini Buggy, onde a Maria Eduarda dirigiu um bugue pela primeira vez.
Mini Buggy
Mini Buggy
Mini Buggy
Mini Buggy
Entre tantas atividades, as que mais gostamos foram aquelas que pudemos fazer em família, como o Brinquedão e o Escorrega Bóia.
Brinquedão
Brinquedão
Escorrega Bóia
Escorrega Bóia
Escorrega Bóia
As tirolesas também são imperdíveis, a Tirolesa Light para as crianças e a Tirolesa High Fly para os mais corajosos. A Tirolesa High Fly possui algumas curiosidades: no site do parque aparece um adulto com duas crianças, mas os três precisam juntos ter 120kg, além disso, é uma tirolesa de ida e volta, ou seja, é preciso ter coragem para saltar de duas torres com 50 metros de altura. Eu fui! (♥)
Tirolesa Light
Tirolesa Light
A atração que gostaríamos de ter ido, mas que não pudemos devido à restrição de altura foi o Paint Ball (altura mínima de 1,40m). Outras atrações só puderam ser realizadas por uma das meninas, como o Bungee Trampolim (até 30kg) e Cama Elástica (de 2 a 5 anos) realizadas pela Maria Julia e o Arco & Flecha (altura mínima de 1,30m) e o Bóia Cross (altura mínima de 1m) , realizadas pela Maria Eduarda (meu marido e eu nos revezávamos para acompanhá-las).
Bungee Trampolim
Arco & Flecha
Arco & Flecha
Bóia Cross
Outras atividades radicais do Tarundu, estão Arborismo Top, que meu marido e eu não sentimos vontade de fazer, e o Arborismo Light, que as crianças fizeram e gostaram.
Arborismo Light
Além do Escorrega Bóia e do Arco & Flecha, realizamos outras atividades indoor por causa do mal tempo. São elas: Imagination, Air Games e Up’nDown e animal de passeio elétrico.
Imagination
Imagination
Up’nDown
Up’nDown
Animal de passeio elétrico
Animal de passeio elétrico
Por se tratar de uma atividade que demanda maior concentração, deixamos o Mini Golf por último, quando as crianças já estavam cansadas, mas ainda não queriam ir embora.
Algumas atrações possuem idade mínima, mas é aconselhável somente para adultos, como o Paint Alvo, atividade que meu marido e eu realizamos, e como o Tiro Esportivo, atividade que dispensamos durante nossa visita. O motivo é que a força do disparo pode machucar ou assustar as crianças.
Devido ao mal tempo e o fato de encontrarmos essas atividades em outros locais, como fazendinhas, também dispensamos o passeio de pônei, o passeio a cavalo e o passeio Cross Country.
Durante a nossa visita, somente uma atração esteve em manutenção pelo tempo em que estivemos no parque, o Tubo Insano.
O meu primeiro contato com um profissional de fonoaudiologia aconteceu devido as dificuldades da Maria Eduarda, como contei para vocês neste post. Em 2018, o Blog Desafio Mamãe firmou parceria com a Raquel Luzardo, diretora da Clínica FONOterapia, para trazer seus textos, tão ricos, para o blog. Além disso, venho acompanhando o IG da clínica que não para de crescer. Contudo, tenho estado atenta às dicas e orientações da Raquel sobre o desenvolvimento da fala. E, tenho estado atenta não só ao desenvolvimento da Maria Eduarda, mas também da Maria Julia, de 4 anos.
Com isso, o tema de hoje, fala infantilizada, já foi uma dúvida que levei para a Raquel, que atua em atendimento infantil, orientação familiar e assessoria escolar, pois observei que aos 4 anos de idade a Maria Julia ainda utiliza palavras erradas como ôinbus (ônibus), pomentar (experimentar), memo (mesmo), piu piu (pássaro) e etc. E, a Raquel me ajudou com o conteúdo do texto de hoje. Olha só o que ela diz:
“É quase irresistível, e muito comum, que pais, tios e avós falem com as crianças de forma infantilizada. Esse tipo de comunicação coloca em risco o desenvolvimento da fala, apesar de ser feita sempre com a melhor das intenções! Isto porque ao utilizar palavras erradas, no diminutivo ou em linguagem infantilizada a criança pode assimilar a fala da maneira incorreta.
Crédito da imagem: Freepik
A partir dos cinco meses de idade os bebês começam a emitir alguns sons com a intenção de se comunicar, mas é por volta de um ano e meio que começa apresentar um vocabulário maior. Os pais não podem incentivar o filho a falar errado, ainda que achem bonitinho, é recomendado que sempre falem de forma correta. Lembre-se: é o modelo de fala do adulto que gera o padrão de fala da criança!
Para estimular o desenvolvimento da fala, o ideal é que a família mantenha uma boa comunicação desde o nascimento, contando tudo que estão fazendo juntos, conversando bastante com o bebê. Por exemplo, durante o banho, troca de roupa, refeições, nomeie as partes do corpo, comida, peças de roupa – sem usar palavras no diminutivo ou apelidos! Quando passearem, fale sobre o caminho, o lugar que estão, comente a situação. Isso vai mostrando ao bebê a importância da comunicação!
Outra dica relevante é cantar e ler para as crianças! Esse hábito promove o desenvolvimento da linguagem falada e, mais tarde, estimula o interesse pela linguagem escrita!
E quando a criança pronuncia uma palavra errada? Muitos pais corrigem as crianças, sendo que o ideal é que falem de maneira correta, dando sempre um modelo de linguagem, mas não a corrija. Quando os pais perceberem que a criança tem dificuldade para falar certas palavras, tente usá-las com mais frequência durante uma conversação espontânea com a criança, pois elas assimilam por repetição.
É importante estar ciente que as crianças passam por um aprendizado dos sons da língua intenso ao longo da sua primeira infância (até os 4 anos de idade) e, nessa fase de descoberta, podem acontecer muitas alterações na fala por ser o primeiro contato da criança com as palavras. Nesse período falar errado é comum, faz parte da infância, mas após essa idade a criança pode estar com problemas! Ao perceber que a criança está demorando a falar ou quando fala aparece uma quantidade grande de erros ou fala ininteligível, o mais indicado é procurar um especialista!”
Assim, de lá para cá, tenho seguido sua orientação: quando a Maria Julia pronuncia uma palavra errada (o que acho muito bonitinho, principalmente se tratando da nossa filha caçula), me esforço para não a corrigir e formulo uma frase com a palavra que ela pronunciou de forma incorreta, corretamente. Por exemplo:
– “Olha o ôinbus de Natal, mamãe.”
E eu respondo:
– “Nossa filha, que ônibus lindo! Todos os ônibus da cidade poderiam ser iluminados, não é mesmo? Qualquer dia desses, a mamãe a levará para andar de ônibus.”
Assim tenho feito e o resultado realmente tem aparecido.♥