O ano de 2020 foi marcado pela pandemia do novo coronavírus. Não foi fácil para ninguém. Por outro lado, este ano trouxe lições e serviu para nos lembrar que precisamos dar valor àquilo que há de mais precioso: aqueles que amamos. Mais do que nunca, é tempo de comemorar a vida, espalhar o amor e semear a esperança.

Quem acompanha a nossa história através do Blog Desafio Mamãe sabe o quanto gostamos da data, que além de celebrar o nascimento de Jesus, nosso Salvador, alimentamos sua magia montando árvore de Natal (como contei aqui), estimulando a contagem regressiva com o uso do calendário do Advento (como contei aqui),  alimentando a fantasia sobre o Papai Noel (como contei aqui) e fazendo ensaios fotográficos e participando de eventos natalinos desde o nascimento da nossa caçula (2016, 2017, 2018, 2019 e 2020).

Neste ano, fomos obrigados a nos adaptar a realidade do distanciamento físico também no Natal. Por isso, procurei uma surpresa para alegrar as crianças nesta noite que não pode deixar de ser uma noite feliz. A surpresa é: uma mensagem personalizada do Papai Noel.

O site responsável pela criação do vídeo é o elfisanta.com.br. O vídeo é enviado para o e-mail informado em no mínimo 2 horas e no máximo 7 dias do processamento do pedido, a depender da opção de pagamento.

Dá só uma olhada como ficou nosso vídeo conjunto (para duas crianças), com foto e nome das minhas filhas, uma mensagem de vídeo 100% única.

A mensagem personalizada do Papai Noel emocionou a todos nós, crianças e adultos, e alegrou o nosso Natal.

Um Feliz Natal!

Um abraço,

Decoração tá ok! Presente tá ok! Comidinha tá ok! Roupa tá ok! No entanto, ainda há tempo de passear com as crianças antes das festas de fim de ano para aproveitar as férias escolares (sim, porque aulas online cansam, muitas vezes, ainda mais que as presenciais).

Visitamos o Museu da Imaginação há um ano, em novembro de 2019, mas guardei esta dica de passeio pois antes da sua publicação entramos na quarentena a fim de evitarmos a propagação da COVID-19 e, com isso, o museu foi fechado. Contudo, o museu reabriu em 31 de outubro com novos protocolos de segurança e novo horário de funcionamento, e é possível garantir ingressos ainda para dezembro.

O museu foi inaugurado há quase 4 anos e está localizado no bairro da Lapa, em São Paulo. O espaço promove a interação, o contato e a experiência com a arte e principalmente o resgate do livre brincar.

Quando criança, visitei, por mais de uma vez, a Estação Ciência, administrada pela USP desde 1990, no antigo prédio da rua Guaicurus, também na Lapa. E, visitar o Museu da Imaginação me trouxe diversas lembranças dessas visitas. Fazendo uma comparação às atividades propostas nos dois locais, o custo da visitação ao Museu da Imaginação é um tanto excessivo (incluindo os custos cobrados pelos estacionamentos ao redor do museu). Mas, bora dar uma olhada no que encontramos por lá?

Estação Pequenos Construtores: blocos de espuma, encanamento gigante, carrinhos de mão e muito mais proporcionam a experiencia de serem construtores por um dia.

Estação Desafio XY:

Estação o Poder das Águas: uma gincana divertida que mostra às crianças o poder das águas na geração de energia! Pistolas de água são o combustível das pequenas geradoras de energia que, à medida em que rodam, geram energia elétrica e acendem as luzes do brinquedo.

Estação Casa da Árvore: uma casa na árvore com uma rede para escalar e um escorregador para descer. Lá do alto dá para ver todo o espaço das Estações Lúdicas. Lá dentro é possível brincar e usar a criatividade para montar vitrais coloridos para decorar suas janelas. Quando descer dela, ainda há uma colorida e divertida cama de gato para ser explorada, e também um tubo onde podemos colocar lencinhos de pano para fazê-los voar pelo espaço!

Em junho de 2019, ano da marca dos 500 anos da morte do Leonardo da Vinci, o Museu da Imaginação inaugurou a exposição sobre o gênio, que permite que as crianças conheçam um dos mais completos artista, inventor e renascentista de todos os tempos.

São cinco ambientes denominados: Invenções navais, Máquinas de guerra, Mona lisa – Pintura, A origem de um gênio e Estudos sobre voos.

Durante a nossa visita, esperávamos um diálogo (mais do que um acompanhamento de um arte-educador), o que não aconteceu.

Invenções navais
Mona lisa – Pintura

Museu da Imaginação

Rua Ricardo Cavatton, 251, Lapa de Baixo, São Paulo – SP
Telefone: (11) 2645-7590 | Agendamento via Whatsapp: (11) 94539-7638
E-mail: [email protected]

Bom passeio!

Um abraço,

Há quinze dias, com o aumento da instabilidade da pandemia, o governo do estado de São Paulo e o centro de contingência da covid-19 decidiram que o estado de São Paulo vai retornar para a fase amarela a fim de evitar aglomerações e o aumento do contágio da Covid-19, o que pode significar que a abertura dos setores de cultura e lazer voltem a acontecer somente quando a cidade voltar para a fase verde do Plano São Paulo (uma vez que as prefeituras têm autonomia para decidir o que e quando deve reabrir).

Por isso, no post de hoje, a fonoaudióloga Raquel Luzardo, especialista em linguagem e atendimento infantil, nos dá dicas de brinquedos e brincadeiras para fazer dentro de casa para estimular a linguagem e as habilidades linguísticas nas crianças.

Crédito da imagem: Freepik

Como estimular a linguagem e as habilidades linguísticas nas crianças

Os brinquedos e as brincadeiras, além de serem um meio de distração e de entretenimento para as crianças, são importantes no processo de desenvolvimento cognitivo. É brincando que elas desenvolvem a memória, a criatividade, o raciocínio e a solução de problemas. É nas brincadeiras que a criança se relaciona com o mundo e o brinquedo é o estimulador da curiosidade e da iniciativa, proporcionando uma divertida forma de desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da atenção.

Os primeiros seis anos de vida de desenvolvimento da criança são fundamentais. É a fase onde se deve ter mais atenção aos estímulos que as crianças recebem.

Raquel Luzardo mostra a importância dos jogos lúdicos na primeira infância e dá algumas dicas de brinquedos e brincadeiras para cada faixa etária.

Estimulando os sentidos

De 0 a 2 anos

Durante os primeiros anos, a criança explora os brinquedos de várias maneiras: leva à boca, deixa rolar ou joga no chão. É importante experimentar por meio do tato, da audição, do olhar, do paladar ou do olfato. Os brinquedos devem ter diferentes texturas, diversas cores e fazer sons variados para desenvolver a percepção sensorial. São com os brinquedos que as crianças aprendem noções de tamanho, forma, som, textura e como funcionam as coisas.

“Os bebês adoram apertar, sacudir, jogar, bater, empilhar. Nessa fase, o ideal são brinquedos leves para que possam colocar na boca, móbiles que eles possam tocar, chocalhos, bichinhos de borracha que produzem som, brinquedos flutuantes para o banho, livrinhos de pano, grandes cubos para empilhar”, sugere Raquel.

Por volta de um ano, as crianças começam a dar os primeiros passos e já conseguem interagir com outras crianças e adultos. Mas ainda levam coisas à boca. Nessa fase é importante que os brinquedos não contenham peças pequenas que podem ser engolidas. “Dê preferência aos brinquedos certificados pelo Inmetro”, orienta.

Entre 1 e 2 anos, as crianças ainda vão se divertir com os brinquedos que já possuem, mas também vão gostar de livros com ilustrações de objetos familiares, carrinhos que possam puxar ou empurrar, brinquedos de montar e desmontar ou simples caixas com coisas dentro para tirar e colocar de volta. Instrumentos musicais, como pianinhos, cornetas e tambores também são indicados. “Nessa idade é importante que elas comecem a guardar seus brinquedos. Estimule a fazer isso como parte da brincadeira. Pode cantar uma musiquinha no tema para incentivar”, sugere a fono.

No mundo da fantasia

De 3 a 6 anos

Nesta fase, os brinquedos vão ajudar a estimular, além da linguagem, o conhecimento, a coordenação motora e também a imaginação.

As crianças gostam de bonecas, casinhas, carrinhos, fantasias e tudo que estimule o faz de conta. É com essa idade que elas serão príncipes, princesas, super-heróis e vão adorar brincar de casinha, policial, mamãe e filhinha, e outros personagens. É vivendo esses papéis que elas entendem porque a mãe fica brava, elabora a raiva que sentiu quando o amiguinho pegou seu brinquedo, imita a professora, voa como o Super Homem, etc.

Brinquedos que estimulem o faz de conta, como fantasias e equipamentos que complementem o seu mundo imaginário são importantes nesta etapa. “Sugiro supermercado em miniatura com dinheirinho de brinquedo, caixa registradora, telefone, cidadezinhas, zoológico, fazendinha, posto de gasolina, fantoches, fantasias, bonecas e casinha com móveis, utensílios de cozinha e comidinhas.

Elas já podem brincar com brinquedos de montar e desmontar mais elaborados. Como não levam mais as peças à boca, os brinquedos podem ter pecinhas menores”, diz Raquel. Livros de histórias com figuras coloridas também são indicados.

Jogos com regras fáceis também ajudam a trabalhar o raciocínio e as emoções. Com jogos em que se ganha ou perde, as crianças começam a trabalhar a frustração. Aprender a lidar com esse sentimento e poder verbalizar é essencial para o seu equilíbrio emocional e o desenvolvimento psicossocial.

Outras ideias: massinha de modelar, giz de cera, quadro-negro com giz, quebra-cabeça, jogo da memória, Lego.

Hora do Jogo

Crianças de 7 a 12 anos

Nesta idade, ser aceito pelos amigos é muito importante e o jogo corporal se evidencia nos esportes. A convivência se aprimora com os jogos de bolinhas de gude, brinquedos de montar, jogos de tabuleiro e de cartas que, além de incentivar a competição saudável, desenvolvem aspectos linguísticos e sociais. Mais velhas, as crianças desta faixa etária já podem brincar com jogos de regras e devem ser estimuladas a ler e fazer atividades que envolvam habilidades físicas. São indicados para esta fase os jogos como quebra-cabeças e jogos de tabuleiros, que devem começar de forma bem simplificada, com poucas peças ou peças grandes e regras simples de cumprir. Com o tempo, os jogos podem ir ganhando complexidade conforme as crianças forem crescendo. Também vão gostar de objetos que estimulem a imaginação e as descobertas, favorecendo também o aumento do vocabulário e a estruturação do pensamento.

Para esta fase, a sugestão também são livros, jogos de tabuleiro, jogos de mesa, lupa, luneta, kits de mágico ou de cientista, equipamentos eletrônicos e esportivos, bolinhas de gude, corda para pular, patinete, bicicleta, quebra-cabeças, Lego.

Entre 9 e 12 anos

Os pré-adolescentes já estão em fase de definir seus gostos e interesses. Segundo Raquel, os pais já podem consultá-los sobre o que gostariam de ganhar. No entanto, é válido despertar neles o gosto por coisas que os estimulem a raciocinar, a se mexer e usar a criatividade.

A orientação para a escolha dos brinquedos não pode se basear somente no critério de indicação por faixa etária. Cada criança tem um ritmo próprio de desenvolvimento e características pessoais únicas que a diferencia das demais. “Além da idade, devemos também levar em consideração a individualidade da criança, seus interesses e gosto pessoal”, lembra a fonoaudióloga.

Crédito da imagem: Freepik

Brincadeiras divertidas

  • acampamento diferente: vale montar a barraca no meio da sala ou improvisar com lençóis, cadeiras e almofadas;
  • piquenique maluco: que tal estender uma toalha no chão da sala e fazer um jantar diferente?
  • jogos diversos: de tabuleiro, pega varetas, dominó, memoria, damas;
  • uma caixa de papelão grande pode virar uma casinha ou um foguete. Use a imaginação!
  • caça ao tesouro: esconda as pistas pela casa;
  • corrida de aviões de papel: vale decorar os aviões com canetinha ou usar as folhas de uma revista velha;
  • memória de objetos: selecione alguns objetos e peça para a criança observar por alguns segundos. Depois esconda um e ela tem que descobrir qual objeto está faltando!
  • troca-troca de lugar: observar por 1 minuto um dos cômodos da casa – a sala por exemplo – e depois sair. Mudar algo de lugar (ex: colocar na estante o vaso que estava na mesa). Voltar para o cômodo e tentar adivinhar o que foi mudado de lugar;
  • batata quente com o celular: passar o celular de mão em mão com o timer ligado. Aquele que for fotografado, perde;
  • barquinhos de papel: vale colocar os barquinhos para flutuar no balde com água ou banheira;
  • fui para a lua e levei… : pode ser brinquedos, alimentos, peças de roupas, animais, qualquer categoria. O primeiro diz: “Fui para a lua e levei uma maçã.” O outro diz: “Fui para a lua e levei uma maçã e uma banana”. E assim sucessivamente, sempre acrescentando um item. Quando alguém errar a ordem ou esquecer de alguma coisa começa tudo outra vez com outra categoria;
  • qual é a música: falar uma palavra e tem que cantar uma música que tenha aquela palavra na letra. Use o repertório da criança.

Raquel Luzardo, casada com o Yan e mãe do Gabriel, é Diretora da Clínica FONOterapia com atuação em atendimento infantil, orientação familiar e assessoria escolar.