Não existem motivos que explicam a vontade de termos um filho. E esse desejo normalmente é divido antes mesmo de nos casarmos, nos juntarmos, dividirmos o mesmo lar.
E, sentindo uma necessidade enorme de ter outro bebê, meu marido e eu temos sonhado juntos, e tenho conversado com muitas amigas sobre este desejo que tem tomado conta de mim.
Em uma dessas conversas, uma amiga me disse que a decisão de ter um filho é muito mais difícil quando já temos o primeiro. E é verdade, porque se quisermos ponderar esta ideia baseadas na razão, já sabemos o trabalho, a despesa e o consumo de tempo que um filho traz.
Mas, racionamente, podemos também ponderar que um irmão é, na maioria das vezes, um companheiro para toda a vida. É um amor imenso, fraternal, que nos remete às raízes, à infância, ao nosso porto seguro. E, privar o nosso filho desse amor, até parece crueldade.
Certa vez, li em algum lugar uma mulher falando sobre ter um segundo filho, e ela dizia algo do tipo: ter o primeiro filho foi a decisão mais egoísta que eu já tive, mas ter o segundo foi a decisão mais altruísta que já tive. Concordo grandemente!
Por outro lado, não nego o quão difícil é esta decisão. Pois ter um filho é, acima de tudo, a abdicação das nossas vontades e necessidades para priorizar as vontades e necessidades de outro ser. Um ser indefeso que depende incondicionalmente de nós para sobreviver. Contudo, é explicável o medo ao pensarmos em ter um bebê, seja o primeiro, o segundo, o terceiro…
Enfim, o que quero dizer com tudo isso, é que ao pensarmos em ter um segundo filho, algumas coisas são explicáveis, mas outras não – como na vida. E neste mês, estou sentindo como se estivésses com os pés à beira de um precipício, pois no próximo mês nos jogaremos de braços abertos!
Um abraço,
Mari.