Volta às aulas

2 de fevereiro de 2015

Sempre fui uma mãe muito apegada à filha. Desde que nasceu, por exemplo, meu marido e eu a deixamos somente duas vezes aos cuidados de outras pessoas para passearmos a sós, e isso aconteceu quando ela estava com 4 anos. Quando a licença maternidade terminou e precisei voltar a trabalhar, sofri muito. E, quando optei por deixar a babá e a matriculei no berçário, também senti meu coração fora do corpo (leia mais, aqui). Por isso, no dia oficial de volta às aulas de muitas escolas, como a da minha filha, contarei como é esta experiência para mim.

Digo “é esta experiência” e não “foi esta experiência”, pois todo início de ano, sabendo que nossos pequenos enfrentarão novos desafios, dá aquele friozinho na barriga. Minha filha não mudou de escola e está certa que encontrará os amigos do último ano letivo, mas haverão mudanças importantes como a troca de sala, professora, novos amigos e novas atividades. Enfim, atrelado ao sentimento de novidade (que naturalmente é incerto), também nos damos conta do quanto nossos pequenos estão crescendo e ampliando seus horizontes.

Volta às aulas

Aqui em casa, vou preparando o “terreno” para o primeiro dia de aula. Vou avisando com uma semana de antecedência que o momento da volta às aulas está para acontecer. E permito que ela participe de todo o processo: compra do material (post completo, aqui), tarefa de etiquetar o material, compra da mochila e lancheira, compra dos lanchinhos, arrumação da mochila e separação do uniforme que será usado no primeiro dia de aula. Gostaria de tê-la levado na reunião de pais que antecede o primeiro dia de aula, mas ela preferiu ficar com o pai e eu a respeitei.

Participando deste processo, a tendência é que a criança desperte o interesse para a volta às aulas. Outro dia minha filha sonhou com uma das amigas e disse sentir saudades. Como filha acaba de completar 5 anos, sua segurança e maturidade é maior do que das crianças menores, principalmente daquelas que ingressaram na escola com 3 ou 4 anos. Mas, é importante passarmos confiança para que a mesma se sinta segura durante todo o processo de adaptação.

E, o melhor termômetro para averiguarmos se a criança está gostando da escola é a própria criança. Se ela vem contente da escola, se mostra entusiasmada para ir para a escola e se durante as conversas em casa fala das pessoas que encontra da escola, é um bom sinal que gosta do ambiente escolar e se sente querida pelos profissionais e amigos. Há um ano conheci a filosofia humanista, quando matriculei minha filha na atual escola, e estou muito contente com a escolha, pois escolas conhecidas como humanistas têm a preocupação com as pessoas e os grupos sociais, facilitando e enfatizando assim o relacionamento interpessoal no ambiente escolar.

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Quer ler mais sobre o assunto? Consulte o especial de volta às aulas da Revista Crescer, clicando aqui.

Um abraço,

Mari.

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